A autorização legislativa foi hoje aprovada com os votos contra do PSD, a abstenção do CDS-PP e os votos favoráveis das restantes bancadas.
Na discussão na Comissão de Assuntos Constitucionais, na quarta-feira, a deputada do PSD Sara Madruga da Costa justificou o voto contra do partido por se recusar a passar “esta espécie de cheque em branco que o Governo pede ao parlamento”
A lei, apresentada em 28 de novembro aos deputados pelo secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, prevê que a exibição pública de gravações áudio e audiovisuais, sem o pagamento de direitos de autor, deixe de ser considerada "crime de usurpação", passando a constituir uma contraordenação.
Para Miguel Honrado, numa argumentação defendida também pelo PS, PCP e BE, esta é a solução mais equilibrada para este tipo de ato.
Esta proposta de lei já mereceu o parecer negativo da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), que critica que seja retirada a "tutela penal", como prevê o executivo.
A SPA alertou também para a possibilidade de a descriminalização deixar os autores legalmente desprotegidos, pela utilização pública das suas obras.
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