O mandato tem "início em 01 de setembro de 2016 e termo em 31 de agosto de 2019”, lê-se no Diário da República.

Patrick Dickie é o responsável pela programação das próximas temporadas lírica e sinfónica (2016/17) do TNSC, as quais foram delineadas “numa estreia colaboração” com a maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP), Joana Carneiro.

A OSP é um dos corpos artísticos do TNSC, e a temporada sinfónica inclui compositores como Gustav Mahler, “um dos favoritos de Joana Carneiro” e de Patrick Dickie, e ainda Mozart, Ravel, Joseph Haydn e Beethoven, entre outros.

À frente do TNSC, como consultor artístico, Patrick Dickie disse à Lusa, em julho último, que quer revitalizar o público, propondo, por isso, uma temporada, lírica e sinfónica “de contrastes", com opções estéticas “menos convencionais”, que possam atrair espetadores menos habituais do teatro.

Quanto à temporada lírica delineada, Dickie destacou a programação de "grandes óperas populares, como ‘Carmen’", de Bizet, e "o belo canto italiano", com "uma das 'óperas rainha' de Donizetti, ‘Anna Bolena’", além de "óperas portentosas como a de Igor Stravisnky, ‘Oedipus Rex’, com uma encenação de Ricardo Pais", com a qual se afirmou "muito entusiasmado".

Segundo o despacho do Diário da República, Dickie terá uma remuneração mensal de cinco mil euros (14 meses/ano), “à qual são aplicáveis as disposições da Lei n.º 75/2014, de 12 de setembro, e da Lei n.º 159-A/2015, de 30 de dezembro, relativas à redução remuneratória e respetiva reversão progressiva”.

O despacho dos secretários de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças e da Cultura estabelece ainda “despesas de representação com o limite de 300 euros por mês, direito a uso de telemóvel com ‘plafond’ de 120 euros [mensais], alojamento e viatura, quando a [esta] estiver disponível”.

Também hoje, foi publicada a nomeação de Nuno Carinhas como diretor artístico do Teatro Nacional S. João (TNSJ), no Porto, que inicia assim novo mandato.

O despacho dos secretários de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças e da Cultura realça que Carinhas “evidencia ampla experiência como encenador, cenógrafo e figurinista, destacando-se, entre outros, os trabalhos já realizados no Teatro Nacional de São João, para o Teatro Nacional de São Carlos, Ballet Gulbenkian, Companhia Nacional de Bailado, Nederlands Dans Theater, Ballet du Grand Théâtre de Genève, Compañia Nacional de Danza [Espanha], Teatro Nacional D. Maria II, Casa da Música, São Luiz Teatro Municipal, A Escola da Noite e Teatro O Bando”.

A continuidade de Nuno Carinhas à frente do TNSJ tinha sido já adiantada aos jornalistas, em março passado, pela presidente do Conselho de Administração do Teatro, Francisca Fernandes, que afirmou que o diretor ficaria até 2018, por indicação da então secretária de Estado da Cultura, Isabel Botelho Leal.

Carinhas é nomeado “em regime de exclusividade” até 2018, em iguais condições remuneratórias de despesas e representação que o diretor artístico do TNSC: uma remuneração mensal de cinco mil euros (14 meses/ano), “à qual são aplicáveis as disposições da Lei n.º 75/2014, de 12 de setembro, e da Lei n.º 159-A/2015, de 30 de dezembro, relativas à redução remuneratória e respetiva reversão progressiva”, despesas de representação com o limite de "300 euros mensais", direito a uso de telemóvel, com ‘plafond’ de 120 euros por mês, “e viatura, quando [esta] estiver disponível”.

O teatro portuense tem anunciada a estreia de "Cordel", de José Carretas e Amélia Lopes, a partir de textos da chamada literatura de cordel, a 15 de setembro, com encenação do coautor, José Carretas.

Para 27 de outubro, o TNSJ tem marcada a estreia nacional de "Os últimos dias da humanidade", do autor austríaco Karl Kraus, obra que toma por referência o primeiro conflito mundial (1914-1918), e que o TNSJ define como "testemunho do mal absoluto da guerra".

A encenação é de Nuno Carinhas e Nuno M Cardoso.