As obras distinguidas são “O nascer do mundo nas suas passagens”, de Silvina Rodrigues Lopes, e “Fernando Pessoa e outros fingidores”, de Maria Irene Ramalho.

O júri foi constituído pela crítica literária e poeta Maria João Cantinho, por Isabel Cristina Rodrigues, professora na Universidade de Aveiro, e por Sérgio Guimarães de Sousa, professor no Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho.

“Muito embora os ensaios de Maria Irene Ramalho e de Silvina Rodrigues Lopes configurem um paradigma ensaístico distinto […], ‘Fernando Pessoa e outros fingidores’ e ‘O nascer do mundo nas suas passagens são plenamente equivalentes no saldo crítico e hermenêutico que apresentam relativamente ao respetivo objeto de estudo”, justificou o júri, citado pela ACL em comunicado enviado à agência Lusa.

O júri acrescentou: “São ambos ensaios de uma inteligência e sensibilidade raras a que não é alheio o trabalho da linguagem que é, afinal, sempre parte da coisa dita”.

O prémio, cuja data de entrega não foi adiantada, tem o valor pecuniário de 4.000 euros.

No ano passado, a vencedora foi a ensaísta Maria Filomena Molder, pela edição revista e aumentada de “O Absoluto que Pertence à Terra” (2020).