"Acreditamos que é importante conhecer toda a verdade sobre acusações muito sérias da peça" publicada no jornal The New York Times (NYT), que foi encarada com "extrema seriedade", indicou um comunicado da Weinstein Company, reagindo a ao escândalo que pode custar-lhe um veto generalizado na indústria do cinema.
Segundo o NYT, o comportamento inadequado de Weinstein contra mulheres remonta a quase três décadas e inclui situações privadas com pelo menos oito vítimas.
"Contratámos um escritório independente de advogados, John Kiernan de Debevoise & Plimpton LLP, para que faça uma investigação exaustiva e independente e informe os seus resultados a todo o conselho diretivo", acrescentou a produtora num comunicado citado pelo The Hollywood Reporter.
"É essencial para a cultura da nossa companhia que todas as mulheres que trabalham nela, ou têm alguma relação com ela, assim como qualquer uma das nossas executivas, sejam tratadas com respeito e não tenham qualquer experiência de assédio ou de discriminação".
Na quinta-feira, Weinstein pediu desculpas, anunciou que tiraria uma licença e garantiu que fará terapia "para enfrentar esse problema".
No comunicado, a empresa disse ainda que o controlo ficará nas mãos do irmão e copresidente, Bob Weinstein, e do chefe de Operações, David Glasser.
"Os próximos passos dependerão do progresso terapêutico de Harvey, do resultado da investigação e das decisões pessoais" do produtor, acrescentou a nota.
Weinstein era um homem muito poderoso em Hollywood, com muitos de seus filmes na lista de vencedores de Óscares, entre eles "O Bom Rebelde" e "O Artista".
Entre as suas acusadoras, segundo o Times, estão celebridades como a atriz Ashley Judd, que se lembra de ter sido convidada para ir à suite de Weinstein num elegante hotel de Beverly Hills há 20 anos, esperando um pequeno-almoço de negócios. O que aconteceu foi que Weinstein apareceu de roupão e pediu à atriz que fizesse uma massagem, ou o visse a tomar banho.
Comentários