O realizador Quentin Tarantino juntou-se na quinta-feira a ativistas na Times Square em Nova Iorque para participar numa marcha contra a violência policial que afeta, principalmente, as comunidades afro-americanas e latinas.

O cineasta, conhecido pela violência dos seus trabalhos, subiu ao palco com escritores, intelectuais e atores para ler os nomes de 250 homens, mulheres e crianças abatidos pela Polícia americana nos últimos 20 anos.

Cerca de 40 famílias, que perderam algum dos seus entes queridos, oriundas de diferentes estados americanos, participaram no evento "RiseUpOctober", três dias de ações em Nova Iorque para pedir o fim da violência policial e a reforma do sistema de Justiça criminal.

Entre os nomes lidos por Tarantino estão o de Michael Brown, de 18 anos, morto em Ferguson (Missouri, sul dos EUA) em agosto de 2014, e o de Tamir Rice, de 12 anos, abatido quando brincava com uma pistola de brinquedo em Cleveland (Ohio, norte), em novembro do mesmo ano.

A morte de Brown inspirou uma nova geração de ativistas de Direitos Civis, que exigem o fim da brutalidade policial.

Os manifestantes criticaram a militarização e discriminação da polícia, pedindo justiça para as vítimas e investigações independentes das mortes nas mãos de oficiais.

As vítimas lembradas vão desde um bebé de 11 meses até uma senhora negra de 92 anos, morta quando a polícia entrou por erro na sua casa numa operação antidrogas.