O crime aconteceu após uma série de agressões, sequestros e casos penais nos últimos anos que ilustram a crescente violência na pequena cena do "gangsta rap" sueco, em alguns momentos vinculada a grupos criminosos.
O rapper, cujo nome verdadeiro é Nils Kurt Erik Einar Grönberg, já havia sido alvo de uma tentativa de sequestro em 2020. O artista foi morto à queima-roupa numa rua do bairro residencial de Hammarby Sjöstad, próximo do centro de Estocolmo.
A polícia recebeu avisos de tiros disparados por volta das 23h00 no bairro, em geral tranquilo.
Einar estava gravemente ferido quando foi encontrado pelos serviços de emergência, que tentaram salvá-lo. O rapper não resistiu e morreu ainda no local, relatou Towe Hagg, porta-voz da polícia de Estocolmo.
As forças de segurança anunciaram a abertura de uma investigação por homicídio.
"Entendo que significa muito para muitos jovens. É trágico que mais uma vida tenha sido perdida", afirmou o primeiro-ministro Stefan Löfven.
Milhares de fãs e amigos do rapper publicaram mensagens de luto nas redes sociais.
O rapper Einar tornou-se muito popular em 2019 com a canção "Katten i trakten" ("O gato no setor", em tradução livre). O artista chegou ao topo das tabelas suecas e recebeu vários prémios. Muitas das suas canções falam de criminalidade, drogas e armas.
O jovem tinha um conflito aberto com a estrela do rap local, Yasin. Este último foi condenado em julho a 10 meses de prisão por tentativa frustrada de sequestrar Einar em 2020.
Durante a tentativa de sequestro, o adolescente foi espancado, roubado, fotografado em condições humilhantes e submetido a chantagem, segundo a justiça sueca.
Outro rapper, Haval Khalil, foi condenado a dois anos e meio de prisão, neste caso, por cumplicidade no sequestro e roubo. O caso está atualmente na fase de recurso.
De acordo com a rádio pública SR, Einar deveria prestar depoimento na primeira instância, mas não compareceu e havia sido convocado para a próxima semana.
O artista, que estava sob medidas de proteção, era suspeito de envolvimento num ataque com faca num restaurante no centro de Estocolmo há alguns dias, informou a imprensa sueca.
Em 2019, outro rapper sueco, o menos conhecido Rozh Shamal, foi morto num subúrbio de Estocolmo.
Nos últimos anos, a Suécia enfrentou uma onda de ajustes de contas mortais e tiroteios atribuídos a grupos mafiosos.
Até 15 de outubro, 40 pessoas morreram em 273 tiroteios no país de 10,3 milhões de pessoas. Em 2020, 47 pessoas morreram, em 366 incidentes.
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