Cosey é o nome artístico do desenhador e argumentista suíço Bernard Cosendai, 66 anos, autor da série "Jonathan", iniciada na década de 1975 na revista Tintin.

Além de Cosey, ao Grande Prémio de Angoulême eram também candidados o francês Manu Larcenet e o norte-americano Chris Ware.

Para a direção do festival, este prémio de carreira consagra um autor cujo "universo onírico reúne, ao fim de mais de 40 anos, leitores de uma lealdade inabalável".

Cosey volta a ser distinguido em Angoulême depois de em 1982 ter recebido o préemio de melhor álbum de BD com "Kate", sétimo volume da série "Jonathan".

O autor, que tem obra publicada em Portugal, lançou outros álbuns de BD como "O buda azul", "Viagem a Itália", "Em busca de Peter Pan" e o recente "Une mystérieuse mélodie", no qual recupera a personagem Mickey Mouse, da Disney.

Com este Grande Prémio, Cosey presidirá à edição de 2018 do festival de Angoulême.

Considerado um dos mais importantes eventos dedicados à banda desenhada, o festival de Angoulême esteve envolto no ano passado em polémica pela ausência de mulheres entre os autores nomeados.

A organização decidiu alterar as regras de atribuição do Grande Prémio, em resposta às acusações de sexismo de que foi alvo por não ter incluído mulheres na lista de finalistas.

Deixou de haver lista prévia de nomeados e os autores foram convidados a votar livremente em quem quisessem.

Este ano, o júri do prémio foi presidido por uma mulher, Posy Simmonds, e a primeira seleção de autores candidatos incluía Catherine Meurisse e Ancco.

A exposição central da 44.ª edição do festival é dedicada a Hermann, que venceu o Grande Prémio em 2016.

O festival termina no domingo.