Desde 2015 que o Super Bock Super Rock está de regresso a Lisboa, assumindo um formato urbano, no Parque das Nações.  Os Red Hot Chili Peppers, que vão abrir o festival, no dia 13 de julho, são os cabeças de cartaz da 23ª edição, que vai contar ainda com concertos de The New Power Generation feat. Bilal, Future, London Gramar e Língua Franca (Capicua, Rael, Valete e Emicida).

Os bilhetes para o dia 13 já estão esgotados por causa dos Red Hot Chili Peppers, havendo ainda ingressos para os restantes dias e cerca de 800 passes gerais.

Com um cartaz quase fechado - falta anunciar o artista para o lugar do cancelado concerto de Tyler, The Creator -, a organização revelou vários artistas portugueses e um trio de estreias estrangeiras.

Em conferência de imprensa na manhã desta terça-feira, 30 de maio, a organização revelou ainda que The Legendary Tigerman vai apresentar em primeira mão o seu novo álbum, no Palco EDP do Super Bock Super Rock. Xinobi e Moullinex, Beatbombers, Celeste / Mariposa, Rocky Marsiano, Meu Kamba Sound e Magazino também vão marcar presença na edição de 2017 do festival.

Foram anunciadas três estreias em Portugal: A cantora canadiana Jessie Reyez e, do Reino Unido, a DJ Monki e o músico Marquis Hawkes.

O projeto nacional Alexander Search, que junta Júlio Resende e Salvador Sobral, os Foster the People, Kevin Morby, Tuxedo, James Vincent McMorrow, Deftones e Fatboy Slim também vão passar pelo festival do Parque das Nações, em Lisboa.

O Super Bock Super Rock vai contar ainda com uma área dedicada à arte urbana, com uma nova identidade visual e várias ações criativas e interativas.

Este ano, o festival SBSR reforçou a parceria com a plataforma Underdogs, com a oferta de oficinas de iniciação ao graffiti com o artista visual Gonçalo Mar, convidou Bordalo II a fazer uma intervenção de arte urbana e contou com o projeto de arte e arquitetura Fahr 021.3 para fazer "ações de arte urbana" no recinto.

Luís Montez: "Prince que está muito ligado ao festival"

"Começamos logo em setembro a preparar esta edição do Super Bock Super Rock e a tentar arranjar artistas porque há uma disputa muito grande com os principais festivais da Euorpa. Conseguimos sacar logo os Red Hot Chili Peppers e, por isso, começámos bem. Depois, queríamos muito ter um nome forte do hip hop - o Kendrick Lamar, no ano passado, deu aqui um concerto que foi considerado por muita gente como o concerto do ano. Tínhamos essa responsabilidade e a fasquia estava muito alta e, por isso, fomos buscar o Future. Que é um marco no hip hop norte-americano", explicou Luís Montez, responsável pela organização do festival, ao SAPO Mag, relembrando que também "a malta do rock" não foi esquecida.

Além da atuação dos Deftones, Fatboy Slim e dos Foster The People, o responsável pela promotora Música no Coração destaca ainda o concerto dos The New Power Generation, grupo que trabalhou com Prince a partir dos anos 1990. "Vamos ter uma homenagem ao Prince pelos The New Power Generation, a sua banda de sempre. Prince que está muito ligado ao festival desde que cantou no Meco ao lado da Ana Moura", relembrou.

"Temos ainda o tributo ao David Bowie feito pelo Seu Jorge, no sábado. Vai ser bonito ver no Palco EDP. Temos ainda o menino do momento, o Salvador Sobral, que vai estrear um projeto com o Júlio Resende - Alexander Search, com canções  do Fernando Pessoa", destacou ainda Luís Montez, lembrando também que Valete, Capicua, Rael e Emicida se vão juntar em palco para apresentar o projeto Língua Franca.

"Temos muitos motivos de interesse e acho que isto vai estar completamente cheio. Estou desejoso que chegue julho", frisou em conversa com o SAPO Mag.

Segurança no festival: "Temos de fazer as coisas com planeamento"

Em 2015, o Super Bock Super Rock deixou a Praia do Meco, mudando-se para Lisboa. Para Luís Montez, a mudança tem corrido bem. "O público veio e adorou. Sabe que é um espaço limitado a 20 mil pessoas e, portanto, compraram com antecedência", explicou, sublinhando que o festival tem boas acessos.

Sobre as questões de segurança no festival, o promotor explicou que tudo está a ser planeado. "Temos a melhor polícia do mundo, temos muitos bons seguranças. Temos de fazer as coisas com planeamento, com descrição e com muita eficácia, como tem sido até agora", defendeu.