“É normal um gajo ali parado sem saber ao que vai?”, pergunta Jasmim no início de “Pertinho da Torre Eiffel”, obra que, segundo o Teatro da Rainha, “explora a instabilidade doméstica a partir de duas personagens fisicamente presentes e outras tantas ausentes, num jogo de interações que excede aquilo que se vê”.
Um jogo que a companhia residente nas Caldas da Rainha leva ao palco de terça a sábado, até 4 de dezembro, numa encenação de Fernando Mora Ramos.
Fábio Costa (Jasmim) e Marta Taveira (Jana) são os atores que protagonizam um jovem casal urbano, “emparedado numa precariedade ao mesmo tempo material e amorosa, porque ambas as dimensões se interligam e se condicionam”, na peça em que “o visível assume pontos de vista diversos, desde logo, num cenário móvel que oferece diferentes ângulos de observação de uma relação amorosa em busca de equilíbrio na corda bamba existencial”, pode ler-se na súmula do espetáculo divulgada pelo Teatro da Rainha.
No palco “tudo parece vacilar e perder-se em hesitações inconsequentes” ao longo da peça que vai lançado ao espectador questões sobre o que é um casal normal, ou se a rutura poderá ser rotina.
O que esperam da vida Jana e Jasmim, quais os seus sonhos e ambições são interrogações a que o próprio autor, Abel Neves, procurará dar resposta num laboratório de dramaturgia que se seguirá à estreia, com duas sessões agendadas para os dias 20 e 21 deste mês.
Em “Pertinho da Torre Eiffel”, Fernando Mora Ramos é ainda responsável pela cenografia do espetáculo que conta com música de Augusto Lino e iluminação de António Assunção.
A peça é apresentada na Sala Estúdio do Teatro da Rainha, sempre às 21h30, com lotação reduzida a bilhetes a 7,50 euros, ou a quatro euros para estudantes, seniores e grupos de mais de seis pessoas.
Comentários