“Cada artista ficará a conhecer qual é a utilização da música que criou, interpretou ou na qual participou como executante, o que pode ser muito importante para a gestão da sua carreira saber o que passa mais, e o que passa menos, no espaço público”, afirma em comunicado enviado à Lusa Pedro Wallenstein, presidente da GDA.

“Ao mesmo tempo, [cada artista] passa a ter um indicador objetivo para os montantes que, na altura própria, irá receber pela utilização pública dessas músicas”, acrescenta.

Portugal será o primeiro país com um sistema orientado para cada artista: "mesmo que [um artista] só tenha participado numa única música, passará a ter acesso ‘online’ ao número de vezes que essa música passou nas estações de rádio e de televisão monitorizadas, que são as principais, praticamente em tempo real. O ‘delay’ pode atingir uma hora, no máximo”, sublinhou à Lusa fonte da cooperativa.

Atualmente “os artistas só tinham acesso a estes números por interpostas pessoas - os agentes e o que as editoras lhes diziam -, o que não é bem a mesma coisa, pode haver sempre uma filtragem”, frisou à Lusa Luís Sampaio, administrador da GDA.

A GDA, através do seu portal na Internet, disponibiliza a partir de hoje, aos seus membros o acesso direto ao registo da utilização das suas músicas nas rádios e televisões.

“Há duas grandes preocupações neste trabalho que a GDA está a desenvolver: a primeira, é estabelecer uma transparência de processos que todos os interessados podem verificar; e a segunda, é tornar facilmente verificável aos artistas a forma como esses mesmos processos determinam o modo como o dinheiro irá ser distribuído entre eles”, explica Wallenstein.

Segundo fonte da GDA, aderiram já a este projeto cinco canais televisivos e 17 rádios de expansão nacional ou regional.

A GDA, a entidade que em Portugal gere os direitos de propriedade intelectual de músicos, atores e bailarinos, conta cerca de 5.000 cooperadores, segundo números da cooperativa, que são “artistas que se inscrevem, compram cinco títulos cooperativos – por 25 euros – “e dão à entidade um mandato universal para cobrar os seus direitos em todo o mundo”, explicou à Lusa fonte da cooperativa.

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