Na passada quinta-feira, no b.leza, assistimos ao regresso dos Throes + The Shine a Lisboa, para a apresentação do mais recente trabalho, Enza, lançado no início do mês. Como o próprio título indica, houve uma mudança de registo musical, tornando-se mais pop, mas o contágio pela animação e ritmos mais dançantes manteve-se.
A eletricidade transmitida pelo trio composto por Igor Domingues na bateria, Marco Castro na guitarra e teclados e Mob Dedaldino na voz mantém-se neste novo disco.
Já sem o Diron Animal, que agora está numa carreira a solo, a missão de fazer suar todos os presentes na plateia continua a ser alcançada. Porém contam sempre com a ajuda de convidados como foi a situação deste concerto.
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Este novo desafio fez afirmar Mob como o maestro das festas. O baile que proporcionou com sons como o Paraíso, Musseque (cantado com a companhia do Mike El Nite), Solar (com a presença do Cachupa Psicadélica), Balança ou ainda o Minha Gente, dedicado a todos os que deram vida no b.leza, teve contornos tempestivos principalmente nas camisas e tshirts.
O que podemos sentir deste novo álbum? Mais contidos, sem aquelas explosões do Rockuduro, Mambos de Outros Tipos ou Wanga. É como o estilo que eles construíram ficasse mais adulto. Mas mais contidos não quer dizer que se perca a energia e a mística que se associa à banda com sede no Porto. Aliás, “rebentar esta m**** toda” foi a palavra de ordem para Mob.
Mas esta nova vibe dos Throes + The Shine não significa que se deixe de parte o passado. Guerreros, Keep It In (que contou com a Da Chick em palco), Tá a Bater, fizeram parte de um cancioneiro para provar que o equilíbrio é possível.
Aliás, equilíbrio é a palavra certa para Throes + The Shine. Provaram sempre que é possível compatibilizar o rock e o kuduro. Provaram que é possível evoluir e mostrar coisas novas, interessantes e contagiar o público em qualquer concerto. Quem os viu em 2014 e quem os vê em 2019, renovados e contagiantes.
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