O espetáculo - que terá apresentações no sábado e domingo, com sessão dupla, às 10h00 e às 11h30 - apresentará um novo olhar sobre os espaços, edifícios e ideias daquela exposição, realizada há 80 anos para glorificar o império ultramarino português.

Em "Cicerone", o artista multidisciplinar vai substituir os edifícios dos pavilhões criados na época, por outras temáticas, que serão dadas a conhecer ao público participante na visita-guiada performática, uma caminhada com ponto de partida no Padrão dos Descobrimentos, um dos monumentos mais simbólicos desse período histórico.

A criação e interpretação é de Tiago Cadete, o olhar exterior é de David Marques e Catarina Vieira, e o figurino de Carlota Lagido.

Nascido em Faro, em 1983, Tiago cadete vive atualmente entre Lisboa e o Rio de Janeiro, no Brasil, e o seu trabalho situa-se na fronteira entre as artes performativas e visuais, em que se doutorou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sendo também licenciado em teatro e pós-graduado em dança.

Como intérprete trabalhou com Francisco Camacho, Carlota Lagido, Sílvia Real, Mariana Tengner Barros, Gustavo Ciríaco, Tino Sehgal, Jorge Silva Melo, João Brites, Alfredo Martins, e assinou criações como "No Digital", "Last", e Turbo_Lento".

A edição deste ano do Festival Temps d’Images, que decorrerá até ao final de novembro para apresentar 12 espetáculos de dança, teatro, performance e documentário, incluindo seis estreias absolutas, adaptou-se às exigências da pandemia e teve de limitar as lotações dos espetáculos, optando nalguns casos por realizar mais sessões.

Até 30 de novembro, o Temps d´Images propõe ainda, entre outros espetáculos, também em estreia absoluta, entre sexta-feira e domingo, a peça de Gustavo Sumpta intitulada "Sempre em Pé", nas Carpintarias de São Lázaro, que inclui uma performance de 24 horas.

O Temps d´Images encerra com a estreia, no Cinema Ideal, do documentário de Maria João Guardão intitulado "João Fiadeiro - Este afeto que me ocupa", que acompanhou a desocupação do nº 55 da Rua Poço dos Negros, em Lisboa, a sede do ateliê RE.AL, que encerrou portas no ano passado e que celebraria em 2020 o seu 30.º aniversário.

O Temps d'Images é uma produção DuplaCena/Horta Seca financiado pela Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa.