A Culturgest abre oficialmente a nova programação esta noite, cujo calendário até fevereiro de 2019 foi anunciado há dias, com o músico canadiano Tim Hecker – que será acompanhado no espetáculo pelo Konoyo Assemble.

É o primeiro dos muitos eventos artísticos do espaço lisboeta, agora sob direção de Mark Deputter, que além de música inclui dança, performances, teatro, cinema, artes visuais, conferências e debates.

Hecker traz o novíssimo “Konoyo”, seu nono álbum, que teve lançamento mundial há uma semana. Uma das novidades é a presença da sua conterrânea Kara-Lis Coverdale, que fará a primeira parte do espetáculo, manipulando sintetizador e computador. A seguir o músico será acompanhado pelo grupo japonês Tokyo Gakuso – representante do “gagaku”, estilo de música tradicional nipónica que serviu de inspiração para o novo registo.

O canadiano é conhecido pelas suas pesquisas no âmbito da “ambient house” e da eletrónica iniciadas com o nome Jetone, no ano 2000. O seu primeiro disco assinado com o seu próprio nome surge em 2001 (“Haunt Me, Haunt Me Do It Again”) e, a partir daí, destacou-se pela exploração das múltiplas possibilidades da música eletrónica.

As pesquisas ligadas a “Konoyo” levaram-no, no entanto, a outras paisagens temporais e espaciais. O “gagaku” é um estilo de música japonesa ligada à corte imperial. Atravessando os séculos e passando por sucessivas vagas de renovação, o “gagaku” ainda hoje faz parte das cerimónias oficiais do país.

O Tokyo Gakuso, que acompanha Hecker, iniciou em 1978 o seu périplo ligado ao estilo, cuja execução por diversos músicos ao longos dos anos 1970 possibilitou uma abertura para a exploração e recriação do conceito pelos mais diversos artistas.

O espetáculo de Tim Hecker arranca às 21h00. Os bilhetes custam entre 7 e 14 euros e estão à venda online e nas bilheteiras da instituição.