Luís Filipe de Castro Mendes “lamenta profundamente a morte do músico Zé Pedro”, guitarrista e fundador dos Xutos e Pontapés, que "contribuiu de forma decisiva e inovadora para a história da música eletrónica em Portugal e para o sucesso continuado de uma das mais prestigiadas bandas rock nacionais”.
“O seu entusiasmo, carisma e empatia deixaram uma marca indelével no panorama musical português, com músicas que acompanharam várias gerações, que o admiram com reconhecida ternura”, afirma Castro Mendes.
“Dotado de um sentido musical notável, a música foi o seu sonho desde cedo e com ela conseguiu transformar o universo do rock português, a par da vida de muitos milhares de pessoas”, afirma Castro Mendes, que traça o percurso do guitarrista “desde os ensaios na garagem de casa do seu avô, ainda adolescente, até aos dias de hoje, em grandes palcos portugueses e estrangeiros”.
Zé Pedro “teve uma vida intensa e uma brilhante carreira ao longo de quatro décadas”.
O músico, “que dizia ter sempre as mãos ocupadas com a guitarra, deixa-nos canções, como o ‘Ai a minha vida’, ‘À Minha Maneira’ ou ‘Contentores’, que inspiram também um retrato especial do país e de um certo modo de ser português”, remata o ministro da Cultura, que envia “sentidas condolências” à família.
O guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, morreu hoje, em Lisboa, aos 61 anos, disse à Lusa fonte próxima da família.
Zé Pedro estava doente há vários meses, mas a situação foi sempre mantida de forma discreta pelo grupo, tendo só sido assumida publicamente em novembro, a propósito do concerto de fim de digressão dos Xutos & Pontapés, no Coliseu de Lisboa.
José Pedro Amaro dos Santos Reis nasceu em Lisboa, em 14 de setembro de 1956, numa família de sete irmãos, “com um pai militar, não autoritário, e uma mãe militante-dos-valores-familiares”, como recordou num dos capítulos da biografia “Não sou o único” (2007), escrita pela irmã, Helena Reis.
No final na década de 1970, Zé Pedro, com Zé Leonel e Paulo Borges, decidiu criar uma banda, batizada Delirium Tremens. Passou depois a chamar-se Xutos & Pontapés, com a entrada de Kalú e de Tim para o lugar de Paulo Borges. O primeiro concerto realizou-se há 38 anos, em 13 de janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo, em Lisboa.
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