O espetáculo, intitulado ‘Terra do Zeca’, centrado em “temas imortais” do compositor, autor e intérprete, falecido há 30 anos, terá arranjos e direção musical de Davide Zaccaria e a participação dos cantores Zeca Medeiros, Filipa Pais, Maria Anadon e João Afonso, e dos músicos Armindo Neves, Pedro Batalha, André Sousa Machado e Davide Zaccaria.

“Tributo à obra de José Afonso”, o concerto está agendado para as 22:00 do primeiro dia da Feira, no Palco do Coreto, no Parque Verde da cidade, espaço onde, até 11 de junho, decorre a Feira Cultural de Coimbra deste ano, foi hoje anunciado pela Câmara de Coimbra, numa conferência de imprensa com o presidente do município, Manuel Machado, e com vereadores Carina Gomes e Jorge Alves.

Trata-se de “uma homenagem ao contributo que Zeca Afonso deu à cidade e à democracia”, sintetizou o presidente da Câmara.

Do programa do certame destaque também, designadamente, para o evento ’24 horas culturais’, em 09 e 10 de junho, evento que leva ao Parque Verde “manifestações culturais e recreativas ininterruptas”, durante o qual terá lugar a iniciativa ‘Acampar com histórias’, organizada em colaboração com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

‘Acampar com histórias’ convida as crianças com idades compreendidas entre os oito e os dez anos a acamparem na Feira, dando-lhes a oportunidade de, sob supervisão de “monitores e animadores literários” da APEL, se “envolverem num ambiente fantástico de natureza, livros, autores e contadores de histórias”, disse Carina Gomes.

Colóquios, apresentação de livros, sessões de autógrafos, teatro de rua, poesia e oficinas de escrita criativa, de ilustração e de pintura, espetáculos musicais e uma instalação e uma mostra de vídeo são algumas das iniciativas que integram o programa da Feira, que contará com a presença dos escritores Gonçalo M. Tavares, José Fanha, Mário Cláudio e Pedro Mexia, entre outros.

“Projeto pluridisciplinar que a Câmara Municipal de Coimbra criou para todos, reflexo de uma política cultural integradora e diversificada, expressa no cruzamento de áreas que vão desde a literatura, ao artesanato, à gastronomia, à música, às artes plásticas, à cultura e criatividade e à animação”, a Feira Cultural de Coimbra conta, este ano, com 196 representações, equivalentes a mais 19 instituições do que no ano passado e mais 38 do que em 2015, sublinha a autarquia.

“A área do livro foi uma das que mais cresceu” entre 2016 e este ano (aumentou de 51 para 57 representações), respondendo assim ao principal objetivo do evento que é “valorizar o livro e a leitura”, sublinhou Manuel Machado, referindo que a gastronomia e o artesanato também aumentam as suas representações

“Ainda há quem pense que Coimbra não é uma cidade cosmopolita”, afirmou o presidente da Câmara, considerando que o modelo adotado pela autarquia, há três anos, e a resposta de operadores, de agentes culturais e da população em geral contraria aquela ideia, que é errada.

Em 2016, a Feira Cultural de Coimbra terá sido visitada por mais de 80 mil pessoas, calcula a Câmara, mas – salienta – não é possível adiantar uma estimativa com algum rigor pois não há qualquer controlo do acesso ao recinto, que é gratuito.

Para a edição deste ano, a Câmara de Coimbra investe cerca de 170 mil euros, mais perto de 40 mil euros que o ano passado.