Alberto da Ponte falava aos jornalistas à margem da assinatura de um protocolo entre a Secretaria-Geral do Ministério da Defesa Nacional e a RTP para digitalizar e catalogar o arquivo entre 1978 e 1993.

Questionado sobre as contas da RTP deste ano, Alberto da Ponte disse: "Ficaremos acima do orçamento, teremos um desvio favorável".

Sobre o montante com que a RTP vai contar no próximo ano, o gestor disse que já tem uma ideia do valor, mas remeteu mais comentários sobre o tema para depois da aprovação do Orçamento do Estado para 2015.

Relativamente ao número de funcionários que saíram da empresa e sobre se ainda está a ser equacionado o despedimento coletivo, Alberto da Ponte disse que "a RTP tem de se focar no cumprimento do plano de desenvolvimento e redimensionamento [PDR], tando do ponto de vista financeiro" como "dos seus objetivos e valores".

Apontou que "quem falou em despedimento coletivo foi a imprensa" e que é sempre preciso analisar a relação entre receitas e custos da empresa.

"A RTP não tem como missão dar lucro, mas tem de se bastar a si própria", sublinhou.

"Além das rescisões voluntárias, estamos a ter um diálogo com os sindicatos e é nessa via que vamos continuar", acrescentou Alberto da Ponte.

Ressalvou ainda que nunca olha "para o número de trabalhadores" da RTP, mas sim para os custos.

Em relação à assinatura do contrato de concessão de serviço público de Rádio e Televisão, o presidente da RTP disse estar "convencidíssimo" de que tal aconteça durante o mês de novembro.

O gestor escusou-se a comentar o ponto de situação do programa estratégico e o novo organograma da RTP, sendo que este último já deu entrada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) para ter um parecer.

Quanto ao programa estratégico, que o Conselho Geral Independente (CGI) pediu à RTP que voltasse a submeter ao órgão de fiscalização, Alberto da Ponte escusou-se a fazer comentários, afirmando que a discussão sobre o documento "está a ser aprofunda".

Sobre ao protocolo hoje assinado, Alberto da Ponte disse que para a RTP é uma "relação win-to-win [ganhadora] ", já que o grupo de comunicação social público "vai ganhar a exclusividade das imagens entre 1978 e 1993" que pertencem ao arquivo do Ministério da Defesa Nacional.

"Vai poder utilizá-las, houve vários acontecimentos importantíssimos" no período em análise, entre os quais a queda do Muro de Berlim, apontou.

"Para nós, é muito importante, porque vamos ter acesso a imagens que são da Defesa Nacional, para eles [a vantagem está] na formação em digitalização e catalogação e pelo facto de sermos nós que vamos fazer a digitalização", explicou.

Questionado sobre quanto tempo é que vai levar o processo de passar os conteúdos para formato digital, Alberto da Ponte adiantou que "a digitalização de todo o arquivo da RTP deverá demorar dois a três anos" e que tal será feito "paulatinamente".

A cerimónia de assinatura contou com a presença da secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, Berta Cabral, que sublinhou que tem de "haver responsabilidade coletiva em preservar" o acervo, adiantando que o arquivo tem informação que "até se confunde com a história de Portugal".

@Lusa

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