O documentário, intitulado “Extinção: Os Factos”, ilustra as consequências devastadoras das atividades humanas no habitat natural de certas espécies e estabelece uma ligação entre estes atos e a pandemia da COVID-19.

“Estamos perante uma crise que tem consequências para todos nós, alerta David Attenborough, citado pela agência AFP.

A estação de televisão britânica BBC, responsável pela transmissão do programa, alerta para o facto de este conter “cenas horríveis de destruição”, nomeadamente macacos a saltar num rio ou um coala a procurar abrigo, para escaparem às chamas de um incêndio.

O documentário aborda também as alegadas origens da pandemia do novo coronavirus, centrando as suas atenções no mercado da cidade chinesa de Wuhan, onde são vendidos animais vivos para consumo humano.

O filme pretende, assim, ilustrar o relatório científico “Living Planet Índex” publicado esta semana, segundo o qual o desaparecimento contínuo de habitats naturais de animais selvagens pode aumentar o risco de futuras pandemia, uma vez que aumenta o contacto entre eles e os humanos.

Neste estudo internacional, os especialistas alertam também para o facto de nos últimos 50 anos a população animal ter sido reduzida em dois terços devido ao aumento do consumo humano.

“Durante a minha vida conheci algumas das espécies animais mais notáveis. Só agora é que me apercebi da sorte que tive, pois muitas destas maravilhas parecem destinadas a desaparecer para sempre”, lamentou o naturalista de 94 anos.

Num tom menos pessimista, David Attenborough ressalvou que “se tomarmos as decisões certas neste momento crítico, ainda poderemos salvaguardar os ecossistemas e a sua extraordinária biodiversidade”.

“Tudo depende de cada um de nós”, atestou.

A pandemia de COVID-19 já provocou pelo menos 916.372 mortos e mais de 28,5 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1855 pessoas dos 62.813 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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