A Reliance Industries da Índia e a Walt Disney concordaram em fundir as suas empresas na Índia, criando um gigante do entretenimento de 8,5 mil milhões de dólares (7,83 mil milhões de euros) no país mais populoso do mundo.
O mercado de entretenimento da Índia já é um dos maiores do mundo e espera-se que a fusão abale ainda mais a indústria multimilionária.
As duas empresas assinaram “acordos definitivos vinculativos” para formar uma 'joint venture' que combinará os negócios da Viacom18, apoiada pela Reliance, e da Star India, da Disney, disse um comunicado conjunto das empresas na noite de quarta-feira.
A Reliance, um conglomerado de petróleo e telecomunicações liderado pelo magnata multimilionário Mukesh Ambani, investirá 1,4 mil milhões de dólares (1,29 mil milhões de euros) na nova empresa.
O comunicado disse que a Disney terá 36,8%, a Reliance uma participação de 16,3& e a Viacom18 outros 46,8%.
“Este é um acordo histórico que anuncia uma nova era na indústria do entretenimento indiana”, disse Ambani.
A sua esposa, Nita Ambani, ocupará o cargo de presidente.
A fusão criará uma potência do entretenimento que terá mais de 100 canais de televisão e duas plataformas de streaming.
As empresas disseram que a 'joint venture' terá “mais de 750 milhões de espectadores em toda a Índia” e também atenderá à diáspora indiana.
“A Reliance tem um profundo conhecimento do mercado e do consumidor indiano e, juntos, criaremos uma das principais empresas de media do país”, disse Robert Iger, o líder da Disney.
O acordo também ajudará tanto a Reliance quanto a Disney a evitar a concorrência de rivais tradicionais, como a indiana Zee Entertainment e a japonesa Sony, bem como a concorrência de streaming da Amazon e da Netflix.
O anúncio ocorre menos de um mês após Sony e Zee cancelarem uma fusão de 10 mil milhões de dólares que teria sido um poder formidável contra a Reliance e a Disney.
“Esta fusão terá um impacto muito grande em todo o ecossistema de media e entretenimento”, disse o vice-presidente sénior da Elara Capital, Karan Taurani. "Vai ser único", reforçou.
Taurani disse que a fusão poderia ajudar a colocar as suas plataformas de streaming no 'caminho do lucro' a médio e longo prazo, reduzindo os custos de conteúdo.
Taurani estimou que a entidade resultante da fusão comandaria uma participação de mercado de receitas de publicidade de 40% a 45%, tanto para transmissão tradicional quanto para streaming digital.
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