Para Portugal ainda não há data prevista, mas os responsáveis da Disney asseguram que, a partir do lançamento em Espanha, França, Itália, Alemanha e Reino Unido, a 31 de março de 2020, o serviço de visionamento por subscrição “vai expandir-se rapidamente” para outros países europeus.

Segundo Kevin Mayer, presidente da divisão de serviços diretos para o consumidor da Disney, o Disney Plus (Disney+) torna-se a “casa definitiva e exclusiva” de todos os conteúdos das marcas Disney, Pixar, Marvel e National Geographic.

Para o primeiro ano, o Disney+ promete a criação de 30 séries e 15 filmes originais, que se juntam numa livraria de 7.500 episódios e 500 títulos de filmes, todos à disposição dos utilizadores para visionamento ou ‘download’ em qualquer altura, por um custo mensal de 6,99 dólares (preço nos Estados Unidos, equivalente a cerca 6,34 euros).

O Disney+ inclui as 30 temporadas dos "The Simpsons" e o conjunto completo dos nove episódios da "Guerra das Estrelas", acrescentando novas séries relacionadas, como "The Mandalorian", que também se estreia hoje.

Filmes com datas de estreia em 2019 como "Rei Leão", "Avengers Endgame", "Toy Story 4", "Frozen 2" e "Guerra das Estrelas: A Ascensão de Skywalker" vão estar em exclusivo no Disney+, depois do período reservado para os cinemas.

Na próxima semana, em 19 de novembro, o Disney+ estreia-se na Austrália e na Nova Zelândia.

As novidades para o lançamento do Disney+ foram anunciadas à imprensa em Nova Iorque, na sexta-feira passada, com a presença da Lusa e de outros meios de comunicação internacionais, sob embarco, com o compromisso de publicação apenas no dia de hoje, quando o serviço entra em vigor nos Estados Unidos.

Dada a preferência dos utilizadores em verem conteúdos por episódios, “o ‘appeal’ multi-geracional do serviço ganha vida”, segundo Kevin Mayer, que acrescentou que o Disney+ é “otimizado para famílias, mas atraente para uma vasta audiência”.

A vice-presidente de conteúdos da companhia, Agnes Chu, acrescentou que o Disney+ é a curadoria de um “ecossistema” onde se mantém o legado e onde “viverão todos os conteúdos universais e intemporais”, que passam por histórias de ficção e pela narrativa de histórias reais, fenómenos da natureza ou desportos.

O serviço, que teve um teste técnico na Holanda no mês de setembro, prevê ter entre 60 milhões a 90 milhões de aderentes, com subscrições pagas, no ano fiscal de 2024.

Dos resultados do teste na Holanda, Kevin Mayer anunciou que grande parte das primeiras reproduções feitas no Disney+ foram dos filmes da Marvel, que, segundo o responsável, “provaram ser os principais impulsionadores” para as subscrições.

O presidente dos serviços ‘streaming’ da Disney, Michael Paull, afirmou por seu lado que “as principais características incluem uma interface elegante e funcional”, com uma “experiência visual e cinemática”, que põe em destaque as marcas, sem anúncios publicitários.

Para a distribuição, Michael Paull destacou parcerias da Disney com Apple, Google, Microsoft, Roku, Sony e dispositivos da Amazon Fire, Samsung e LG.

Ricky Strauss, presidente de conteúdos e marketing, falou de um catálogo “inigualável” com uma grande variedade de conteúdos em “géneros, formatos e arenas”, criados com os melhores “contadores de histórias” da indústria.

Ricky Strauss disse que a estratégia publicitária para o Disney+ resultou numa “campanha de sinergia”, sem rival e sem precedentes na história da Walt Disney Company, com uma visão de 360º e “omni-plataformas” (adaptada a todas as plataformas possíveis), por várias fases.

Questionado sobre a concorrência com outros serviços de ‘streaming’ e de vídeos ‘on demand’, o presidente da divisão de serviços diretos para o consumidor, Kevin Mayer, disse que o Disney+ se destaca fortemente por causa das suas marcas e não tem concorrência, porque vai ser o único local para visionar os títulos do catálogo.

“Trabalhámos muito intensamente para criar um serviço incomparável em termos de conteúdo, qualidade de reprodução, interface do utilizador, marcas e valor para o consumidor”, assegurou Kevin Mayer, presidente da divisão de serviços diretos para o consumidor.

O que aí vem

The Mandalorian

O mercado de streaming, dominado pela Netflix e 140 milhões de assinantes, é hoje em dia o passo inevitável dos grupos de media e tecnológicos.

A Amazon também está presente com a Prime Video, e a Apple acaba de lançar a sua própria plataforma, a Apple TV+.

Está previsto que a WarnerMedia (anteriormente Time Warner), comprada pela operadora de telecomunicações AT&T, se lance também este ano na competição, e que a NBCUniversal (grupo Comcast) o faça no ano que vem.

Estrela da nova versão de

O catálogo Disney+ arranca com mais de 500 filmes (incluindo todos os da Pixar) e 7500 episódios de televisão. Reunidos estarão os títulos da Disney, Pixar, Marvel, "Star Wars" e National Geographic, além do catálogo orientado para toda a família da 20th Century Fox, nomeadamente "Música no Coração", "A Princesa Prometida" e a série "Malcolm in the Middle" ("A Vida é Injusta" em Portugal).

Os títulos destinados a um público mais adulto ficarão para o serviço Hulu.

No primeiro ano do Disney+ serão ainda lançadas mais de 25 séries e 10 filmes originais, além de documentários e programas especiais. A Disney investirá mais de mil milhões de dólares em produção original em 2020, valor que ultrapassará os dois mil milhões em 2024, o primeiro ano em que está previsto o serviço dar lucro.

Já para o lançamento destaca-se "The Mandalorian", a série "Star Wars" de 10 episódios realizada por Jon Favreau ("Homem de Ferro", "O Livro da Selva) e que aborda histórias após "O Regresso de Jedi" (1983).

Entre as apostas formalmente anunciadas está ainda uma prequela de "Rogue One" centrada na personagem de Cassian Andor (Diego Luna), a lançar no segundo ano do serviço. A nova temporada de "Star Wars: The Clone Wars" também será exclusiva do Disney+ durante o primeiro ano.

Uma série animada à volta de vilãs clássicas da Disney, como Ursula de "A Pequena Sereia" junta-se à já anunciada "Monsters at Work", a sequela em formato de série de "Monstros & Companhia", com Billy Crystal e John Goodman a regressarem como as vozes de Mike e Sullivan (primeiro ano).

Já com o lançamento chega outra série relacionada com "Toy Story", intitulada "Forky Asks a Question" (Forky é uma nova personagem de "Toy Story 4", que estreia nos cinemas este verão) e no primeiro ano "Lamp Life", uma curta à volta da personagem Bo Peep da mesma saga.

Também já hoje está disponível "SparkShorts", o nome de uma série de curtas de animação da Pixar destinadas a descobrir talentos e explorar novas técnicas.

No mundo da Marvel, além de "What If…?", a sua primeira série de animação, prevista para o primeiro ano, estão a ser preparadas mais quatro centradas em personagens do seu Universo Cinematográfico, três das quais foram anunciadas: no primeiro ano chega "Falcão & Soldado de Inverno”, com Anthony Mackie (Sam Wilson, o Falcão) e Sebastian Stan (Bucky Barnes, o Soldado de Inverno); no segundo ano será a vez de "Loki", com Tom Hiddleston; e "WandaVision", à volta da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany). A quarta série, ainda sem título, será com Jeremy Renner como Clinton Barton, o Hawkeye.

Outras produções originais são as séries "High School Musical: The Musical: The Series" e "Diary of a Female President" (primeiro ano), que tem Gina Rodriguez ("Jane the Virgin") envolvida na produção, o documentário "The World According to Jeff Goldblum" (aquando do lançamento) e "Into the Unknown: Making Frozen 2", a primeira vez que a Disney deixou as câmaras registarem em todos os detalhes o processo de criação de uma longa-metragem de animação.

Nos filmes exclusivos, logo no lançamento do serviço ficará disponível a nova versão de "A Dama e o Vagabundo" (1955), também em animação, e no primeiro ano serão lançadas novas versões de "A Espada Era a Lei" (1963) e "Três Homens e Um Bebé" (1987), além de uma adaptação dos livros "Timmy Failure" (realizado por Tom McCarthy, de "O Caso Spotlight), "Noelle" (com Anna Kendrick), "Togo" (com Willem Dafoe), "Stargirl" (com Grace VanderWaal) e a animação "The Phineas and Ferb Movie" (título provisório), baseada na série televisiva.

Estão disponíveis também todas as 30 temporadas da série "Os Simpsons" .

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