Instada a comentar pela Lusa sobre as críticas tecidas pelo presidente do Conselho de Administração da Media Capital, dona da TVI, fonte oficial da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) disse que a postura que o regulador tem "assumido mantém-se inalterável".

Ou seja, "no sentido de não se pronunciar sobre processos que estão em curso", acrescentou a mesma fonte.

Mário Ferreira, acionista da dona da TVI com 30,22%, foi eleito na terça-feira em assembleia-geral de acionistas presidente da empresa, um dia depois da ERC ter dito que tem "fundadas dúvidas sobre a identidade" dos acionistas da Media Capital e avisar que qualquer decisão tomada na assembleia-geral de terça-feira que possa envolver alteração de domínio pode não ser reconhecida.

Esta deliberação foi divulgada na véspera da assembleia-geral de acionistas da Media Capital.

"A deliberação da ERC é muito grave e não pode ficar sem resposta", afirmou Mário Ferreira na primeira conferência de imprensa enquanto presidente da Media Capital, num encontro que contou com a presença dos novos administradores.

Esta deliberação "pode pôr em causa a sobrevivência da TVI", das cinco rádios e de "mais de 1.100 postos de trabalho", com "impactos diretos e indiretos em milhares de famílias portuguesas", num contexto económico "particularmente difícil", prosseguiu, referindo que é uma "ameaça à viabilidade do projeto da Media Capital".

O presidente da dona da TVI advertiu também: "Ninguém se iluda, não haverá plano B".

"Tentar inviabilizar os nossos acionistas e os novos órgãos sociais de assumirem os seus papéis neste projeto que viemos salvar colocaria em causa a existência deste grupo de comunicação com tão forte ligação ao país e que chega diariamente a milhões de portugueses", salientou Mário Ferreira.

"Estamos aqui com a transparência de sempre, estamos aqui enquanto administradores eleitos por um conjunto de investidores individuais, conhecidos de todos, que criam riqueza no país, com iniciativa e ideias e sem nada a esconder", rematou.

"Não tivemos as mesmas regalias, nem os mesmos direitos. A Cofina e o engenheiro Paulo Fernandes não teve problema nenhum em marcar uma reunião com o presidente da ERC, com a devida rapidez", prosseguiu.

"Nós até hoje, nunca fomos recebidos pelo presidente da ERC, nunca nos quis receber. Até hoje não conseguimos com ele falar para apresentar as nossas intenções", apontou Mário Ferreira, salientado que a entidade reguladora "sempre esteve informada do que se está a passar".

"Achamos que há aqui uma dualidade de critérios. Acho que vamos a tempo ainda de tudo ser corrigido, mas nós somos positivos e queremos é olhar para o futuro", concluiu.

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