De grande valor simbólico e cultural, o tapete oriental teve grande importância para as trocas comerciais e foi introduzido na Península Ibérica após a conquista islâmica, no século VIII, tendo existido em Lisboa uma produção própria, feita por artífices muçulmanos.

Foi através de Portugal que o tapete persa entrou na Europa, estabelecendo-se como uma das mais importantes tradições culturais no Ocidente, no que respeita às artes decorativas.

500 anos depois, João Mário Grilo voltou ao Irão para revelar os seus gestos de fabrico originais e as suas formas e cores hipnóticas que mantêm, ainda, toda a sua frescura e fascínio.

«O Tapete Voador» está estruturado em quatro viagens e mais uma, da geometria à natureza, do nó ao “abrash” (o modo natural de variação da cor). Na realidade, porém, este é um filme sobre si próprio e talvez mesmo sobre a arte em geral e as suas paisagens infinitas e imemoriais. No final, é revelado o mistério do verdadeiro “tapete voador”, aquele através do qual tanta gente “voou”, como hoje se voa através do ecrã (tapete móvel) e dos seus poderes mágicos.

As filmagens decorreram no Irão – Teerão, Shiraz, Esfahan e Kashan, em Londres – Casa Museu Sigmund Freud e em Lisboa, especialmente no Museu Nacional de Arte Antiga durante a exposição O Tapete Oriental em Portugal e no Museu Calouste Gulbenkian.

«O Tapete Voador» é exibido este domingo, 12 de agosto, às 22h30 na RTP2.