Vai despedir-se do “I love it” e da sua personagem “Susana Pureza” com um sabor agridoce?
Não. Vou despedir-me do “I Love It” com um sabor doce. Adorei fazer esta série e lamento que não tenha continuidade.

Mas não resultou em termos de audiências...
Não sei se não resultou. Temos de começar a olhar para as coisas de outra maneira. Foi um projeto que resultou muitíssimo bem ao nível da internet, por exemplo. Talvez a série precisasse de mais tempo. Os “Morangos com Açúcar” também não fizeram sucesso logo na primeira temporada e depois foi o que se viu…

Acha que a comparação com os “Morangos” acabou por prejudicar o “I Love It”?
O “I Love It” também é direcionado ao público mais jovem e muitos telespectadores ainda têm uma memória muito recente dos “Morangos”. Mas acho que correu muito bem. Adorei! Pôs-me fora da minha zona de conforto, o que foi ótimo. Deu-me muito trabalho. Acho até que foi a novela que me deu mais trabalho fazer na vida, porque a minha personagem parece simples, mas não é...

Porquê?
Porque tive a responsabilidade de me adaptar a uma linguagem completamente diferente daquela a que estava habituada. Os nervos e a tensão tornaram este trabalho difícil, mas foi muito bom.

Agora, entre março e abril, vai estar no Teatro da Trindade, em Lisboa, com a peça “Boeing Boeing”. Para quando um regresso à TV?
Ainda não sei nada, mas é claro que espero regressar à televisão. Tenho contrato com a TVI e nunca tive razão de queixa. O meu contrato acaba em junho e depois tenho de fazer pela vida, como todos, não é?

Em menos de um ano fez uma novela, um filme e, agora, vem aí o teatro. Percorrer estes três “palcos” é o sonho de qualquer ator. Sente-se realizada?
Sim! E já me aconteceu fazer tudo ao mesmo tempo! Foi uma parte da minha vida muito interessante... até me perguntaram se queria ser atriz ou esquizofrénica. Fiquem a saber que agora sou só atriz, a esquizofrenia há muito que a arrumei, ok? [risos].

Será que a sua filha Carolina, de 12 anos, vai seguir as pisadas da mãe?
Não, ela não é nada dada a isto. Continua a ser uma aficionada do hipismo e só não é mais porque eu ainda não ganhei o Euromilhões!... Mas o hipismo é realmente o que ela quer e eu seria a mãe mais feliz do mundo se conseguisse proporcionar-lhe esse sonho. Mas, para já, não consigo. Pode ser que a vida me ajude.