
Em 2016, um vendedor de materiais de construção sentiu-se milionário durante 17 minutos, depois de a SIC passar em rodapé, no "Jornal da Noite", a chave vencedora do sorteio do Euromilhões e cujos os números coincidiam com os do seu boletim. Em jogo estavam 156 milhões de euros. Depois da “euforia desmesurada”, a estação de Carnaxide corrigiu a informação e César Augusto de Almeida percebeu que afinal não lhe tinha saído a sorte grande.
Segundo o jornal Público, o espectador entrou em depressão profunda, passando a tomar tranquilizantes e a ser seguido pelo hospital Conde Ferreira, no Porto. Depois, César Augusto de Almeida decidiu avançar com o caso para tribunal e, numa primeira decisão, a SIC foi condenada a indemnizar o empresário em 2.500 euros, devido à “negligência inconsciente”.
"Se tivesse consultado mais do que um sítio [na internet], ou esperado que outros dois sítios que tinha abertos no computador publicitassem a notícia, com toda a probabilidade teria evitado o erro, o que não fez, violando assim o dever de cuidado objetivo que se lhe impunha”, deliberou o tribunal.
No início de julho, o Tribunal da Relação de Lisboa corrigiu o valor da indemnização a pagar pela SIC para 7500 euros, apesar do lesado pedir 50 mil euros. Para o tribunal, o canal “facilitou e desacautelou-se quando não o devia”.
Mas este não foi o único erro cometido pelas televisões na hora de revelar os números do sorteio do Euromilhões. Segundo o Observador, em 2012, a SIC emitiu uma reportagem sobre uma família que pensava que estava milionária durante dois minutos, depois de ver os número na TVI.
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