No domingo à noite, Woody Allen e a sua esposa Soon-Yi Previn emitiram um comunicado em resposta à exibição do primeiro episódio do novo documentário da HBO "Allen V. Farrow".

Dividido em quatro episódios, o trabalho de Kirby Dick e Amy Ziering aborda o mediático caso que opôs o realizador e a companheira no ecrã e fora dele Mia Farrow, a partir do alegado abuso sexual da filha Dylan por ele cometido a 4 de agosto de 1992.

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"Estes documentaristas não tinham interesse na verdade. Em vez disso, passaram anos a colaborar sub-repticiamente com os Farrows e os seus facilitadores para montar um trabalho de demolição crivado de mentiras. Woody e Soon-Yi foram abordados há menos de dois meses e foram-lhes dados apenas alguns dias 'para responder'. Naturalmente que recusaram fazê-lo", avança o comunicado.

O casal repete a sua versão dos acontecimentos e sugere que o documentário é exibido na HBO por causa da relação do canal com Ronan Farrow, filho biológico de Woody Allen e Mia Farrow, jornalista que foi decisivo para a revelação dos casos de abusos sexuais contra o produtor Harvey Weinstein.

"Como se sabe há décadas, estas alegações são categoricamente falsas. Várias agências investigaram-nas na época e descobriram que, independentemente do que Dylan Farrow possa ter sido levada a acreditar, absolutamente nenhum abuso alguma vez teve lugar. Infelizmente, não é surpreendente que o canal que vai exibir isto seja a HBO - que tem um acordo de produção e relação comercial com Ronan Farrow. Embora este trabalho medíocre possa chamar a atenção, não muda os factos", termina o texto.

Em Portugal, o primeiro episódio de "Allen V. Farrow" fica disponível na HBO a partir desta segunda-feira, 22 de janeiro.