A cantora e ativista brasileira Bia Ferreira, que classifica a sua música como MMP - Música de Mulher Preta, regressa a Portugal em setembro para três concertos, no âmbito de uma digressão europeia, foi hoje anunciado.

"A 10 de setembro, o álbum ‘Igreja Lesbiteriana, Um Chamado’, de Bia Ferreira, personifica-se no palco do B.Leza [em Lisboa] em formato trio", refere a agência e produtora Ao Sul do Mundo, num comunicado hoje divulgado.

A digressão europeia da artista brasileira, "que dá voz à comunidade LGBTQIA+, contra o racismo e a xenofobia", também vai passar pela Festa do Avante! (Seixal), no dia 04 de setembro, e pelo espaço Mou.co (Porto), no dia 05 daquele mês.

Os concertos de Bia Ferreira "são muito mais que apenas música: são um espaço de esclarecimento, provocação, motivação e de luta por aquilo em que acredita", sublinha a produtora.

Nesta digressão, a artista canta e toca violão, acompanhada de Priscilla Azevedo, nos teclados, e Juliana Chaves, na bateria e percussão.

Bia Ferreira, "a voz da MMP", começou o percurso na música em 2009, aos 15 anos, altura em que “começou a interessar-se por assuntos como o feminismo negro e lésbico”.

“Aventurou-se a tocar nas ruas e à boleia, desenvolvendo as suas aptidões a tocar guitarra. ‘Cota Não É Esmola’ e ‘Não Precisa Ser Amélia’ foram os primeiros singles da artista, editados em 2011, tornando-se um dos seus maiores sucessos, pelas temáticas ligadas ao sistema de quotas no SISU e à subalternidade das mulheres negras no Brasil”, recorda a Ao Sul do Mundo.

“Igreja Lesbiteriana, Um Chamado” é o álbum de estreia de Bia Ferreira, editado em setembro de 2019.

A artista atuou na quinta-feira à noite, no Festival de Músicas do Mundo (FMM), em Sines.

Anteriormente tinha já sido anunciado que Bia Ferreira será uma das artistas participantes, em outubro, da Womex Lisboa, um dos maiores eventos internacionais de divulgação de músicas do mundo, com concerto previsto num palco dedicado à música lusófona.