"Nós sempre vimos estes filmes como sendo sobre a presidência de [George W.] Bush, e por isso tivemos de esperar que o mundo mudasse. O que é que a personagem tem para dizer agora?". Foi esta a questão que Matt Damon colocou durante a promoção do seu mais recente filme, "Perdido em Marte", de Ridley Scott, em entrevista ao BuzzFeed News.
Nessa mesma conversa, o ator desvendou um pouco do que se pode esperar do filme em que regressa ao papel de Jason Bourne, uma vez mais sob as ordens de Paul Greengrass: "Sem querer revelar muito, vamos ver o Bourne a atravessar uma Europa marcada pela austeridade num mundo pós-Snowden" afirmou Damon. "Parece que já muita coisa mudou, sabe? Há muita discussão sobre a espionagem e as liberdades civis e a natureza da democracia".
Mais concretamente, o ator afirmou que "vamos começar na Grécia, sabe, [o país que marca] o início da Democracia", e que hoje vive uma situação económica e política muito complexa. E concluiu em aberto com "E o filme termina em Las Vegas, a mais grotesca encarnação de...", deixando, com uma gargalhada final, que cada um coloque no espaço em branco a cidade ou instituição mais merecedora de enfrentar a ação destrutiva do agente amnésico.
Jason Bourne foi criado pelo escritor Robert Ludlum em 1980, e protagonizou mais de 10 romances de espionagem. Em 2002, Matt Damon encarnou-o pela primeira vez no cinema em "Identidade Desconhecida", às ordens de Doug Liman, mas foram as duas sequelas realizadas por Paul Greengrass que lhe deram popularidade duradoura, "Supermacia", em 2004, e "Ultimato", em 2007. Cineasta e ator negaram repetidas vezes que regressariam à série, que teria um quarto capítulo em 2012, com Jeremy Renner a encarnar um outro agente, em "O Legado de Bourne".
Um e outro acabaram por voltar atrás e estão agora a preparar um novo filme da saga de Jason Bourne, com estreia agendada para julho de 2016, com Julia Stiles de regresso ao papel de Nicky Parsons e a estreia na saga de Alicia Vikander e Tommy Lee Jones.
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