A atriz Angelina Jolie vai produzir e dirigir um filme para o Netflix sobre o regime Khmer Vermelho do Camboja, visto através do olhar de uma criança, anunciou hoje aquela plataforma de distribuição.
A atriz vai fazer uma adaptação do livro “First They Killed My Father” [Primeiro Eles Mataram o Meu Pai], em que o ativista dos direitos humanos Loung Ung lembra os horrores vividos durante o regime que fez dois milhões de mortos entre 1975 e 1979.
“Fiquei profundamente afetada pelo livro de Loung”, afirmou Angelina Jolie, citada num comunicado da Netflix, acrescentando que o livro a “ajudou a entender melhor como as crianças vivenciam a guerra e como isso as afeta”.
Este livro “também permitiu que me aproximasse ainda mais dos habitantes de Camboja, o país natal do meu filho”, declarou, referindo-se ao seu filho adotivo de 13 anos, Maddox, que também estará envolvido na produção do filme, segundo a Netflix.
Angelina Jolie irá dirigir e produzir o filme a partir de um guião que coescreveu com Loung Ung. As duas conheceram-se no Camboja em 2001, um ano após a publicação do livro e a amizade acabou por conduzir ao projeto.
Loung tinha cinco anos quando começou, em 1975, o genocídio que deixou mais de dois milhões de mortos ao longo de quatro anos. No livro, ela conta a sua experiência como criança-soldado num campo de trabalho forçado para órfãos.
Outro produtor será o realizador cambojano, Rithy Panh, nomeado para um Óscar em 2013, com o filme "A Imagem Que Falta".
O filme será lançado para o Netflix no final de 2016 e será apresentado em festivais internacionais..
A atriz estreou-se na realização de filmes em 2011, com o filme "Na Terra de Sangue e Mel", cuja ação se passa durante a guerra da Bósnia.
O seu filme "Invencível", de 2014, sobre um herói da Segunda Guerra Mundial feito prisioneiro pelos japoneses, foi nomeado para os Óscares em três categorias.
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