Trinta e oito filmes foram selecionados para competição, no Arroios Film Festival 2017, a decorrer de 09 a 16 de setembro, no Auditório Camões, em Lisboa, anunciou hoje a organização.

Do total de trabalhos selecionados para a segunda edição deste projeto de cinema dedicado à inclusão, que decorre na freguesia de Arroios, uma das mais multiculturais de Lisboa, 14 são de ficção, 12 de documentário e outros tantos filmes são de animação, perfazendo quase nove horas de cinema, de acordo com a página do festival na internet.

Esta é a segunda edição do festival, um projeto de cinema dedicado à inclusão, que decorre na freguesia de Arroios, uma das mais multiculturais de Lisboa. O documentário “Retratos a Preto e Branco”, de Rui Simões, e a curta de animação “Emília”, de Eunice Cristina Ganilho de Sousa Martins, são os únicos trabalhos portugueses em competição, segundo a página oficial do certame.

Na ficção competem trabalhos provenientes de Itália, França, Marrocos, dos Estados Unidos da América (EUA), da Eslovénia, de Espanha, do Reino Unido, da Coreia do Sul e da Alemanha, enquanto os documentários são oriundos do Canadá, Irão, Reino Unido, Brasil, Itália, Alemanha, Sérvia, Índia e Croácia.

Da Alemanha, África do Sul, das Filipinas, de Espanha, do Irão, Reino Unido, e dos EUA chegam filmes de animação.

No início de maio, o diretor do festival, Reza Hajipour, também realizador de cinema, disse à agência Lusa que a edição deste ano teria mais participantes do que a de 2016, pois na altura já recebera 2.200 candidaturas (filmes) de 112 países.

“A nossa perspetiva era [receber] muito menos do que 2.000, porque limitámos os anos dos filmes que poderiam participar. No ano passado recebemos todos os filmes com produção a partir de 2000. Este ano, a partir de 2007, ou seja dez anos, portanto esperávamos muito menos filmes”, acrescentou, na altura, Reza Hajipour, mostrando-se “muito satisfeito” com o número de inscrições.

O iraniano, residente em Portugal desde 2008 e apaixonado por cinema, revelou também algumas diferenças da edição deste ano, sublinhando desde logo uma restrição do número de filmes a exibir.

Outra novidade, referiu, consiste na exibição de filmes ao ar livre, na alameda D. Afonso Henriques, após a realização de um concerto musical de cerca de uma hora, durante os sete dias do festival.

As “conversas de inclusão” são, entre várias iniciativas paralelas ao certame, um dos destaques deste ano, e têm decorrido mensalmente, desde 27 de abril, no auditório Camões, até ao início do festival.

Estender o festival a outras cidades portuguesas e a outros países é outro objetivo de Reza Hajipour, que se assume muito mais como “português” e que está a trabalhar em projetos pessoais de cinema: duas longas-metragens, uma que submeteu ao Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), e outra que está a desenvolver com amigos, sem apoios institucionais, e que espera ter pronta em 2018.