Não há bilhetes: o filme mudo "Luzes da Cidade", de Charlie Chaplin (1931), com música interpretada pela Orquestra Sinfónica do Porto, abre este sábado, com lotação esgotada, a 5.ª edição do ciclo Invicta.Música.Filmes, na Casa da Música, no Porto, uma iniciativa que junta música a cinema.
Não obstante, há muitos mais concertos até dia 21 de fevereiro para ouvir e ver, revelou em entrevista à Lusa no âmbito da nova edição do ciclo o coordenador da programação clássica da Casa da Música, Rui Pereira.
Rui Pereira destaca a “Floresta Animada”, que sobe ao palco da Sala 2 da Casa da Música pelas 16:00 de sábado, dedicado ao público mais jovem.
Trata-se de um “concerto com animação musical, os chamados desenhos animados, de vários estúdios de cinema finlandês que retratam a vida na floresta (…) em que a banda sonora é feita ao vivo e em tempo real e dirigida e interpretada pelo Space Ensemble", explicou.
Na terça-feira, na sala Suggia, pelas 19:30, é tempo de “Nosferatu”, filme de F. W. Murnau considerado um clássico do expressionismo alemão, com banda sonora composta por Michael Obst, estreada recentemente na Cité de la Musique, em Paris, referiu o programador.
O ciclo prossegue dia 19, pelas 12:00, na Sala Suggia, com um concerto “mais tradicional” e sem projeção de filmes, mas integralmente preenchido por bandas sonoras que a Banda Sinfónica Portuguesa vai interpretar, designadamente músicas compostas por John Williams e Johan de Meij para filmes como "Star Wars” ou “E.T. – O Extraterrestre”.
O Cinematic Horn Ensemble, um agrupamento de metais em estreia, vai também tocar músicas de bandas sonoras de filmes como Harry Potter, "Braveheart" e "Piratas das Caraíbas", assim encerrando o Invicta.Música.Filmes às 19:30 do dia 21.
O “prato forte” ou as “figuras cartaz” do ciclo são os “cineconcertos”, explica Rui Pereira, recordando que quando o ciclo começou a “intenção” era atrair aos concertos da Casa da Música o “público cinéfilo”, algo que “tem tido imenso sucesso”, principalmente os “momentos absolutamente espetaculares pela sincronia entre a orquestra que toca ao vivo e em tempo real acompanha a imagem”.
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