Christopher Nolan juntou um impressionante elenco para o seu épico biográfico em registo de 'thriller' sobre J. Robert Oppenheimer e a criação da bomba atómica com três horas de duração e um orçamento de 100 milhões: Cillian Murphy teve à sua volta, em papéis secundários, atores do gabarito de Robert Downey Jr., Emily Blunt, Matt Damon, Kenneth Branagh, Casey Affleck e Rami Malek.

No entanto, o realizador terá pedido desculpa a Florence Pugh por lhe oferecer um papel mais pequeno em "Oppenheimer": com 27 anos, a atriz britânica é um dos maiores talentos e estrelas da sua geração, que nunca mais parou após a revelação em "Lady Macbeth" (2016), entrando em filmes tão diferentes como "Fighting with My Family","Midsommar" e "Mulherzinhas", sendo nomeada aos Óscares pelo último, antes de se tornar Yelena Belova em "Viúva Negra" e, mais recentemente, destacar-se em "Não Te Preocupes Querida".

"Havia muito secretismo à volta do projeto, portanto não sabia realmente o que se passava ou o que era que estava a ser feito. Exceto que sabia que o Chris realmente queria muito que eu soubesse que não era um papel muito grande e que percebia se não quisesse fazê-lo. E eu reagi tipo 'Não interessa. Mesmo que seja só uma figurante em segundo plano num café, vamos lá", contou Florence Pugh à MTV UK numa entrevista que só agora se está a destacar, mas foi dada antes da estreia do filme a 22 de julho e do início da greve dos atores e argumentistas que praticamente paralisou Hollywood.

E continuou: "Lembro-me que se desculpou pelo tamanho do papel. Eu tipo 'Por favor, não peças desculpa'. E então ele disse 'Vamos enviar-te o argumento e, honestamente, lê-o e decide se...' percebo perfeitamente a questão do tamanho' [não justificar o seu envolvimento]".

"E recordo-me de receber o argumento naquela noite e pensar 'Não preciso ler isto... sei que vou aceitar'", resumiu.

O papel era o de Jean Tatlock, membro do Partido Comunista dos EUA e amante de Oppenheimer, um contacto que tornou a participação marcante já que a maioria das suas cenas eram as primeiras de cariz sexual na carreira de Christopher Nolan e acabaram por ser "tapadas" em alguns países.