Os filmes “O pior homem de Londres”, de Rodrigo Areias, e “Mário”, de Billy Woodberry, vão ter estreia mundial no Festival de Cinema de Roterdão, marcado para janeiro nos Países Baixos, anunciou hoje a organização.
A programação, hoje anunciada, diz respeito à 53.ª edição do festival, marcada de 25 de janeiro a 4 de fevereiro, e conta com alguns filmes portugueses e coproduções em competição e fora dela.
Na competição “Grande Ecrã” está a longa-metragem “O pior homem de Londres”, de Rodrigo Areias, um filme de época ambientado no século XIX, um “notável retrato do mundo dos pré-Rafaelitas”, como se lê na sinopse da produtora Leopardo Filmes.
O filme, que tem estreia em sala em Portugal a 8 de fevereiro, parte de algumas personagens reais, nomeadamente Charles Augustus Howell, um negociante de arte nascido no Porto, de reputação duvidosa. O elenco é encabeçado por Albano Jerónimo.
Na secção “Harbour” surgem “Mário”, documentário do realizador norte-americano Billy Woodberry, produzido em Portugal pela Divina Comédia, sobre o ensaísta e ativista angolano Mário Pinto de Andrade, um dos fundadores do Movimento Popular de Libertação de Angola; e também o filme “Nome”, do realizador guineense Sana Na N'Hada, que recua à guerra colonial e à independência da Guiné-Bissau.
Há ainda a destacar as presenças da primeira longa-metragem de Diogo Costa Amarante, intitulada “Estamos no Ar”, que também fará a estreia mundial no programa “Harbour” de Roterdão, e de “Diálogos depois do fim”, de Tiago Guedes, com a apresentação de cinco dos 19 episódios/diálogos do projeto, que partem dos “Diálogos com Leucó”, de Cesare Pavese.
Ainda nesta secção está também “Greice”, uma ficção do realizador brasileiro Leonardo Mouramateus, com coprodução portuguesa pela Ukbar Filmes, sobre uma jovem estudante brasileira que se apaixona em Lisboa.
Na competição oficial, com Mónica Lima no júri de curtas-metragens e Billy Woodberry no de longas-metragens, está a primeira longa-metragem de ficção da realizadora brasileira Júlia de Simone, intitulada “Praia Formosa”.
“Muanza, uma mulher natural do Reino do Congo, foi traficada para o Brasil no início do século XIX. Ao despertar de um sono profundo [dá por si] em pleno ano de 2023”, refere a sinopse deste filme, coproduzido pela produtora portuguesa Uma Pedra no Sapato.
Na secção para curtas e médias-metragens figuram “Man of Aral”, de Helena Gouveia Monteiro, “On plains of larger river & woodlands”, de Miguel de Jesus, "À tona d'água" ("Water Hazard"), de Alexander David, e "O final feliz :)", de Duarte Coimbra.
Fora de competição, o Festival de Cinema de Roterdão vai acolher a exibição de uma nova cópia digital do filme “Aparelho voador a baixa altitude”, da realizadora luso-sueca Solveig Nordlund, digitalizado ao abrigo do projeto de digitalização do cinema português FILMar.
O documentário de Jorge Carvalho sobre o cineasta colombiano Luis Ospina (1949-2019), intitulado “Ospina Cali Colombia”, também foi selecionado para Roterdão.
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