Jane Fonda vai ser distinguida pela sua carreira com a maior distinção do sindicato dos atores norte-americanos, anunciou o Screen Ators Guild (SAG-AFTRA) na quinta-feira.
Atualmente com 86 anos, a atriz e ativista será homenageada pela sua carreira e a militância humanitária na 31.ª cerimónia dos Screen Actors Guild Awards, a 23 de fevereiro de 2025, transmitida pela Netflix.
No comunicado oficial, a lenda do cinema diz: "Estou profundamente honrada e emocionada por receber este ano o SAG Life Achievement Award. Trabalho nesta indústria quase toda a minha vida e não há honra como aquela que é atribuída pelos nossos colegas".
Fran Drescher, atriz e presidente do SAG-AFTRA, destacou que se trata de um prémio para "uma pioneira e um talento extraordinário; uma força dinâmica que moldou o mundo do entretenimento, do ativismo e da cultura com inabalável paixão. Homenageamos a Jane não só pelo seu brilho artístico, mas pelo profundo legado de ativismo e empoderamento que criou. A sua destemida honestidade tem sido uma inspiração para mim e para muitos outros na nossa indústria”.
Nascida em 1937 e filha do lendário ator Henry Fonda e irmã de Peter Fonda, ator e personalidade relevante da contracultura na década de 1960, Jane Fonda apareceu pela primeira vez nos ecrãs em 1960 e alcançou a fama como protagonista de "Descalços no Parque" (1967), ao lado de Robert Redford.
Embora seja muito recordada pelo filme de culto "Barbarella" (1968), dirigido pelo seu ex-marido Roger Vadim, a sua carreira fortaleceu-se em Hollywood com "Os Cavalos Também Se Abatem" (1969), de Sydney Pollack, que a lançou definitivamente para a fulgurante década de 1970, coroada com o Óscar de Melhor Atriz por "Klute" (1971) e "O Regresso dos Heróis" (1978).
"Mulher Felina" (1965), "Perseguição Impiedosa" (1966), "Tudo Vai Bem" (1972), "Julia" (1977), "Um Apartamento na Califórnia" (1978), "Uma Mulher Implacável" (1978), "O Síndroma da China" (1979), "O Cowboy Eléctrico" (1979), "Das 9 às 5" (1980), "A Casa do Lago" (1981), onde concretizou o desejo de trabalhar com o pai, que ganhou o Óscar, "Agnes de Deus" (1985) e "A Manhã Seguinte" (1986) antecederam uma anunciada retirada artística após "Para Iris, com Amor" (1990).
No entanto, regressou para fazer a vida de Jennifer Lopez num inferno em "Uma Sogra de Fugir" (2005) e continou a filmes e também a participar em séries, com destaque para "The Newsroom" (2012-2014) e o grande sucesso de "Grace and Frankie" (2015-2022), disponível na Netflix, em paralelo com o grande ativismo para chamar a atenção para a crise climática.
Também foi ativista contra a guerra no Vietname na década de 1970, o que lhe rendeu críticas de Hollywood e muitos setores do seu país.
Em setembro de 2022, anunciou que tinha um linfoma não Hodgkin, anunciando três meses depois que o cancro estava em remissão e não precisava fazer mais tratamentos.
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