“Água Mole”, de Laura Gonçalves e Xá, “Altas Cidades de Ossadas”, de João Salaviza, “Cedrim”, de Diogo Vale, “Coelho Mau”, de Carlos Conceição, “Coup de Grâce”, de Salomé Lamas, “Das Gavetas Nascem Sons”, de Vítor Hugo, “Farpões Baldios”, de Marta Mateus, “Longe da Amazónia”, de Francisco Carvalho, são oito dos filmes em competição.

A estes juntaram-se “O Homem Eterno”, de Luís Costa, “Os Humores Artificiais”, de Gabriel Abrantes, “Où En Êtes-Vous João Pedro Rodrigues?”, de João Pedro Rodrigues, “Soltar”, de Jenna Hasse, “A Sonolenta”, de Marta Monteiro, “Surpresa”, de Paulo Patrício, “Thursday Night”, de Gonçalo Almeida, e “Verão Saturno”, de Mónica Lima.

“Em 2017, a Competição Nacional do Curtas Vila do Conde volta a ser o barómetro da produção portuguesa, destacando a singularidade e a diversidade do cinema que se faz em Portugal com a estreia nacional dos últimos trabalhos de cineastas já habituais no festival, e de autores internacionalmente premiados, mas também de um conjunto de nomes promissores que se vão afirmando no campo da curta-metragem”, indicou a organização.

A competição internacional contou com trabalhos de Jia Zhangke, Ben Rivers, Yann Gonzalez, Hu Wei, Laura Poitras, da dupla Caroline Poggi e Jonathan Vinel, assim como de Laura Ferrés, Jonathas de Andrade ou Toru Takano.

O festival manteve igualmente a competição experimental, com 24 curtas - que também incluem a produção portuguesa, através de nomes como Tânia Dinis e Miguel Ildefonso (com Jacques Nolot), entre outros -, os vídeos musicais, a Curtinhas e a secção Take One!, para trabalhos provenientes de escolas de cinema.

O Curtas apresentou ainda uma retrospetiva integral do cineasta francês F.J. Ossang (na foto acima), o realizador "In Focus" desta edição do festival, depois de ter vencido a competição experimental em 2009, com "Vladivostok!".

Ossang é descrito pela organização do 'Curtas' como "um radical livre", que pratica, "com o seu cinema, um estilo particular, partindo do mundo pós-apocalíptico de ficção científica, para se aproximar do punk e do film noir".

O realizador esteve em Vila do Conde para acompanhar a retrospetiva, ao longo da semana em que também viu o seu nome anunciado para o festival de Locarno, com a seleção de "9 Doigts", o seu mais recente filme, rodado em Portugal, numa coprodução com O Som e a Fúria. O filme conta com Paul Hamy como protagonista, ator que foi "O Ornitólogo", de João Pedro Rodrigues.

O realizador francês já filmara em Portugal "Le Trésor des Îles Chiennes", com o produtor Paulo Branco, fizera "Dharma Guns", com a participação da Cinemate, e entregara o papel principal de "Docteur Chance" ao ator Pedro Hestnes, que morreu em 2011, num elenco que também contava com Diogo Dória e José Wallenstein.