A preparar-se para a estreia de "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" em maio, a beneficiar do sucesso gigantesco de "Homem-Aranha: Sem Volta a Casa" e nomeado para os Óscares com "O Poder do Cão", Benedict Cumberbatch está em plena campanha mediática até à cerimónia de 27 de março.

O processo requer um equilíbrio complicado: desdobrar-se em entrevistas sem ser repetitivo e não cometer "gaffes".

Uma das paragens para os nomeados às estatuetas mais mediáticos é a Vanity Fair, mas a própria revista reconhece que o ator não se esquivou de perguntas difíceis e até levantou fez "algumas das mais espinhosas" durante a entrevista e reportagem fotográfica.

“Estou a trabalhar para o Golias que está a matar o David?" é a primeira que o próprio coloca, sobre conciliar o papel do Doutor Estranho no Universo Cinematográfico Marvel com produções de baixo orçamento como "O Poder do Cão", ainda que a revista note que, "tecnicamente, são dois Golias - Marvel e Netlix... mas por estes dias os Davids não se podem dar ao luxo de serem antagonistas".

Benedict Cumberbatch dá uma possível resposta pragmática: "A não ser que se tenha uma estrela da Marvel, financiar qualquer filme é muito, muito, muito, muito difícil – não interessa quão importante seja a história, não interessa quão urgente seja a história, não interessa quão talentoso, premiado e respeitado seja o artista".

"Doutor Estranho no Multiverso da Loucura"

Quando a Vanity Fair sugere que deve ser um "sinal animador que um drama tão intimista e centrado em personagens como 'O Poder do Cão'" tenha sido lançado por um Golias como a Netflix, a resposta não foi politicamente correta.

De facto, o ator tem uma dúvida e "se estou no centro da ação, então certamente que posso começar a fazer perguntas".

E a principal parece ser qual a razão para a Netflix ter lançado o premiado filme de Jane Campion e nomeado para 12 Óscares em tão poucos cinemas (e em poucos países) durante duas semanas antes de chegar à plataforma.

“Isto é para o Scott [Stuber] e o Ted [Sarandos] e todos que administram a Netflix: não se podiam dar ao luxo de ter um lançamento nos cinemas mais longo? Talvez não. Não sei. Estou a colocar isto como uma pergunta publicamente na Vanity Fair. Na verdade, não tive esta conversa com eles, mas teria e vou ter", prometeu.

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