«Razões orçamentais e logísticas» foram as justificações apresentadas pelos Walt Disney Studios para explicar o desinteresse em continuar a saga de Narnia no cinema.

«As Crónicas de Narnia: O Leão, o Feiticeiro e o Guarda-Roupa» foi o primeiro livro da série adaptado pelos Walt Disney Studios e um dos grandes êxitos do Natal de 2005, acumulando cerca de 750 milhões de dólares nas bilheteiras de todo o mundo.

Já em 2007, a sequela, «As Crónicas de Narnia: Príncipe Caspian», teve uma recepção muito mais fria, também por ter estreado no meio dos «blockbusters» de Verão, passando despercebido ao lado de fenómenos como «O Cavaleiro das Trevas» ou «Wall.E».

A receita mundial foi de cerca de 420 milhões de dólares o que, embora não sendo baixa, representa cerca de metade da do primeiro filme. Ambas as películas foram realizadas por Andrew Adamson, que já tinha assumido que não regressaria para a adaptação do terceiro livro da série de sete volumes escrita pelo britânico C.S.Lewis.

Também se aponta que a ligação cada vez mais ténue entre as várias obras da série poderá desmotivar a adesão dos espectadores, leitura que a performance do segundo filme parece sugerir. Na verdade, ainda que os protagonistas fossem os mesmos, entre a primeira e a segunda fita havia cerca de 1.000 anos de diferença no mundo de Narnia, e na terceira, «A Viagem do Caminheiro da Alvorada», essa distância de ambiente seria ainda maior, com o aparecimento na história de apenas dois dos quatro irmãos, em viagem pelos mares com o Príncipe Caspian em busca dos sete senhores perdidos prometidos ao monarca Aslan.

Michael Apted já tinha sido avançado como possível realizador e Steven Knight como argumentista, mas a notícia deixou tudo em «stand-by». Agora, a única hipótese de resgatar a saga no cinema é a Walden Media, co-produtora do filme, tentar arranjar outra parceria para a série, comentando-se que poderá haver interesse por parte da Fox em assumir a responsabilidade de produção que a Disney acabou de rejeitar.