Os focos do festival vão recair sobre o brasileiro Eryk Rocha e o Sensory Ethnography Lab, “um dos laboratórios de documentários mais entusiasmantes da última década” responsável por trabalhos como o multipremiado “Leviathan”, distinguido inclusive no IndieLisboa em 2013.

“Um dos pontos mais importantes da programação do Porto/Post/Doc é a sua competição, composta por 13 filmes produzidos no último ano que contam ‘histórias reais’, a partir de diversas temáticas (há cinema sem imagens em movimento, cinema realizado à distância e pela mão de desconhecidos, cinema de histórias criadas pelos protagonistas, cinema sobre o tempo antes da ação) e geografias (desde o Japão. Argentina, passando pela Coreia do Norte ou Marrocos), e que representam o melhor do cinema contemporâneo, em que o documentário e a ficção se assumem como formas híbridas”, pode ler-se no comunicado da organização.

Em competição vão estar os portugueses “Eldorado XXI”, de Salomé Lamas, e “Tarrafal”, de Pedro Neves, enquanto na secção Cinema Falado vai ser exibido "Fumando um Cigarro com Álvaro Siza", de Iain Dilthey.

Na secção Transmission, dedicada a trabalhos sobre música, vão participar documentários como “Rendufe”, de Miguel Filgueiras, que acompanhou a gravação do disco de Filho da Mãe, ou “Raving Iran”, com o destaque da própria organização a ser dado a “Gimme Danger”, canção da banda The Stooges que dá nome ao mais recente documentário de Jim Jarmusch.

O festival vai ter a sessão de encerramento a 03 de dezembro com “Bowie, O Homem dos Cem Rostos ou o Fantasma de Hérouville", de Gaetan Chataigner e Christophe Conte.

O Porto/Post/Doc anunciou este ano a criação de uma secção “Mini” para o público mais jovem, incluindo as escolas.

“A novidade do festival é um desejo que nos acompanha desde a primeira edição, que é alargar o programa para os mais jovens a uma secção autónoma, que tem várias valências, desde a exibição de filmes à organização de oficinas, a aulas de cinema e aqui há uma inovação: é que o festival sai do seu lugar habitual da Baixa do Porto e vai às escolas do Grande Porto”, afirmou à Lusa em outubro o diretor do Porto/Post/Doc, Dario Oliveira, acrescentando que vão deslocar-se a escolas de todos os ciclos de ensino.

De acordo com o responsável do evento que vai decorrer entre o Teatro Municipal Rivoli, o Passos Manuel e o Maus Hábitos, algo que interessa cada vez mais à direção do festival é “devolver o prazer de ver cinema no lugar certo, que não é um ecrã de computador, não é um iPad nem é a televisão, é o ecrã de uma sala de cinema”.