Embora seja frequente afirmar que os blockbusters confiam cada vez mais nos efeitos gerados pelos computadores, a verdade é que filmar, muitas vezes em armazéns vazios, com ecrãs verdes e azuis que mais tarde serão substituídos não é nada de novo.

Filmes como «O Segredo dos Seus Olhos», «O Grande Gatsby» ou «O Lobo de Wall Street», bem como extravagâncias como «Os Vingadores» ou «300», recorrem aos computadores para aperfeiçoar até ao último detalhe para representar a visão do realizador.

Nem sempre é uma arte a que se faça justiça: Martin Gabriel, que trabalhou no setor, incluindo nos filmes «Harry Potter», desistiu ao fim de 18 anos dizendo: «Não estava feliz com a forma como as pessoas estão a ser tratadas. Por muito emocionante que seja a indústria, tem este terrível segredo. Os estúdios não pagam o suficiente pelos efeitos visuais. Parecem ter a ideia que são apenas pessoas a pressionar botões em teclados, ignorando o facto de que é algo incrivelmente habilidoso que necessita de uma imensa quantidade de talentos».

Na verdade, basta olhar para os números: «Avatar» necessitou de 1855 artistas de efeitos visuais, «Os Vingadores» 1453, «Transformers 3» 1178 e «Titanic» 739.

Ficam alguns exemplos de «antes» e «depois» dos efeitos visuais aplicados nos mais diversificados filmes. E vale a pena citar as palavras de Emile Smith, um artista supervisor na área: «Se não parecesse real, não seria divertido»...