O secretário de Estado da Cultura, que falava aos jornalistas antes da abertura oficial da 32ª edição do festival internacional de cinema do Porto, disse que o
Fantasporto «é um festival de culto, um acontecimento com largas tradições na cidade do Porto e em Portugal, que é impossível morrer».
Francisco José Viegas frisou ainda: «Uma coisas destas não pode morrer».
Em relação à questão do financiamento, o secretário de Estado lembrou que o Fantasporto «pode contar com apoio» do Estado, como conta este ano através do Instituto do Cinema e do Audiovisual, mas alertou que é necessário «procurar outras soluções».
«Na nossa vida procuramos sempre soluções à medida das dificuldades e à medida que as dificuldades vão surgindo temos de procurar novos caminhos, há portas que se abrem e é preciso procurá-las», salientou Francisco José Viegas.
A abertura do Fantasporto foi realizada com o mais recente filme do britânico
Steve McQueen,
«Shame», protagonizado por
Michael Fassbender e
Carey Mulligan, que recebeu vários prémios no festival de Veneza do ano passado.
De seguida, ainda hoje, o Fantasporto recebe a antestreia mundial de
«Bag of Bones» de
Mick Garris, uma película em duas partes, com o ex-James Bond
Pierce Brosnan à cabeça.
Durante o fim-de-semana vai ser possível, ainda, assistir à também antestreia mundial de
«A Moral Conjugal» do português Artur Serra Araújo, no sábado, bem como a homenagem a
Mike Hodges, realizador do clássico inglês
«Get Carter» com
Michael Caine.
O 32º Fantasporto abriu na segunda-feira com o começo das secções competitivas, inúmeras curtas, no que, até 4 de março, vai totalizar 188 sessões, com hologramas no Rivoli e um dragão de metal à porta.
Além das retrospetivas de
Ed Wood, Alain Robbe-Grillet, Karen Shakhnazarov,
António-Pedro Vasconcelos e de homenagens a figuras como Mike Hodges ou o assinalar dos 30 anos de
«Blade Runner» e os 100 anos da morte do escritor Bram Stoker, o Fantasporto vai ter espaço para um destaque ao cinema português em duas vertentes: um prémio para filme inédito e outro para uma escola de cinema nacional.
@Lusa
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