Esta sexta-feira, o cineasta americano Spike Lee prometeu não agir como um "ditador" no papel do presidente do júri do Festival de Cannes, numa conversa com um grupo de jovens empregados de um luxuoso hotel da turística cidade francesa presenciada por uma jornalista da Agência France-Presse.
Ao ser questionado sobre como avaliava os filmes, Spike Lee disse que se concentra "na originalidade, na atuação dos atores, no trabalho de câmara e na sensação que me dá, que emoção é que sinto".
Sobre o júri, explicou: "Cada um tem a sua opinião diferente. Nem todos gostam das mesmas canções ou dos mesmos programas de televisão e, no final, os nove membros votam".
"Prometi às pessoas do júri que não seria um ditador, que seria democrático... mas até certo ponto, porque se o júri estiver dividido quatro contra quatro, sou eu quem decido! Vai correr tudo bem!", acrescentou ele para 20 jovens profissionais de várias origens (estreantes, refugiados, estudantes estrangeiros...) contratados para o hotel como reforço durante o festival.
Durante meia hora, os jovens fizeram perguntas sobre o início da sua carreira, os seus projetos, a pandemia, o movimento Black Live Matters e inclusive as suas expectativas para a final do Euro2020.
Quando perguntaram sobre os intérpretes, ele respondeu que "Denzel Washington é o maior ator do mundo". Além deste colaborador de vários filmes, também destacou entre os seus favoritos os também norte-americanos Adam Driver, com quem trabalhou em "BlacKkKlansman: O Infiltrado" (2018) e é o protagonista do musical "Annette", que concorre à Palma de Ouro, e Samuel L. Jackson, que também entrou em vários dos seus filmes.
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