O efeito dos alimentos no funcionamento do cérebro, o processo da fusão nuclear e a reconstrução do maior dinossauro do mundo são desvendados em março, no SCI-DOC, o Festival Europeu de Documentário Científico de Lisboa.

O festival decorrerá de 1 a 4 de março na Cinemateca Júnior e no Museu da Farmácia e todas as sessões são de entrada gratuita, porque a iniciativa tem "um intuito puramente educativo e de interesse cultural", refere a organização.

No SCI-DOC serão mostrados cerca de quarenta documentários de produção recente, que abordam temáticas relacionadas com o ambiente, a vida na Terra, a investigação médica, astronomia e oceanografia, do infinito do universo à célula humana.

Entre os filmes selecionados está, na abertura, "Attenborough and the Giant Dinosaur" (2016), com o naturalista David Attenborough a contar a história da descoberta e reconstrução, na Argentina, de uma nova espécie de titanossauro, o maior dinossauro do mundo.

Em cinco minutos, na curta-metragem "Proxima — The Mission so Far" (2017), o astronauta Thomas Pesquet revela como é viver na Estação Espacial Internacional, e noutros cinco minutos, o realizador Joe Kane resume o que é o processo de fusão nuclear, através do projeto internacional ITER, em França.

O SCI-DOC recupera ainda "O mundo do silêncio" (1956), de Jacques-Yves Cousteau e Louis Malle, um dos primeiros filmes a usar imagens subaquáticas a cores, que recebeu a Palma de Ouro em Cannes.

O filme, a exibir em Lisboa em versão digital, foi rodado no Mar Mediterrânico, no Golfo Pérsico, no Mar Vermelho e no Oceano Índico.

No dia 4 de março, no fecho do festival, serão atribuídos prémios aos melhores filmes e está prevista uma palestra de Samantha Bradshaw, especialista nas relações entre cidadania, gestão de dados e propaganda computacional.

O festival SCI-DOC é uma iniciativa conjunta da associação Apordoc com a EuroPAWS e EuroSciente, entidades de investigação e divulgação científica e tecnológica.