
"Fukushima, meu amor", da realizadora Doris Dörrie, uma ficção rodada no Japão depois do desastre nuclear de 2011, abre, na quinta-feira, a Kino - Mostra de Cinema de Expressão Alemã, no cinema São Jorge, em Lisboa.
Rodado a preto e branco, com referências ao cinema japonês e estreado em 2016 no festival de Berlim, o filme conta a história de uma jovem que ruma ao Japão, para ajudar os que sofreram com o acidente nuclear de Fukushima, onde conhecerá uma mulher mais velha que decide regressar à localidade afetada.
Doris Dörrie estará em Lisboa na abertura da mostra Kino, que exibirá no total 18 longas-metragens e uma série de curtas de produção em língua alemã.
O programa revela "uma escolha de filmes dos mais importantes festivais de cinema alemão", sustenta a organização.
Depois de Lisboa, onde estará até ao dia 24, a mostra de cinema ruma, de 26 a 29 de janeiro, ao Teatro Municipal Rivoli e ao Cinema Passos Manuel, no Porto, e, de 1 a 3 de fevereiro, estará no Teatro Académico Gil Vicente, de Coimbra.
Da programação fazem ainda parte, por exemplo, os documentários "Homo Sapiens" (Áustria), de Nikolaus Geyrhalter, que, não tendo a participação de pessoas, revela lugares marcados pela existência humana, e "Democracia - Na onda dos dados" (Alemanha/França), de David Bernet, "um olhar surpreendente" sobre o processo legislativo na União Europeia.
O realizador Jonas Rothlaender estará em Lisboa para apresentar a primeira longa-metragem de ficção, "Fado", uma co-produção luso-alemã sobre um jovem médico que se despede do emprego e abandona Berlim à procura da ex-namorada, arquiteta a viver em Lisboa.
A organização destaca ainda a inclusão de "Babai", filme do kosovar Visar Morina, que será apresentado no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, e que foi eleito pelo Kosovo como candidato ao Óscar de melhor filme estrangeiro em 2016.
A sessão de encerramento da Kino em Lisboa fica por conta da antestreia de "Stefan Zweig – Adeus, Europa", de Maria Schrader, com a presença da realizadora e do co-argumentista, Jan Schomburg.
O filme, que se estreia nos cinemas a 23 de fevereiro - coincidindo com os 75 anos da morte do escritor - relata os anos de exílio do autor judeu austríaco Stefan Zweig no Rio de Janeiro, Buenos Aires, Nova Iorque e Petrópolis.
Organizada pelo Goethe Institut, a mostra Kino pretende "ser expressão da heterogeneidade social, temática e estética" do cinema de expressão alemã.
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