À atenção dos Óscares, que estão marcados para 25 de abril: depois dos 6,1 milhões que viram a cerimónia virtual dos Emmys em setembro do ano passado, o número mais baixo de sempre, os Globos de Ouro também tiveram uma quebra de audiências histórica.

É mais um problema para a Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood , envolvida numa polémica racial desde que uma investigação do jornal Los Angeles Times revelou que não tinha qualquer jornalista negro entre os cerca de 90 membros.

Sem filmes muito conhecidos entre os nomeados e alterada a data habitual no início de janeiro, em que beneficiava das audiências de programas desportivos, a cerimónia de domingo à noite (28) apresentada por Tina Fey e Amy Poehler e adaptada ao formato virtual, praticamente sem passadeira vermelha e com as estrelas em casa, conquistou apenas 6,9 milhões de espectadores.

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Tratam-se de números finais e uns catastróficos 62,3% abaixo do ano passado, quando o evento ao vivo com Ricky Gervais chegou aos 18,3 milhões.

Deixando à parte os 6,03 milhões que viram conferência de imprensa de 2008 a anunciar os vencedores, quando não houve cerimónia por causa de uma greve de argumentistas, trata-se do número mais baixo desde que 3,6 milhões viram os Globos em 1995.

A quebra de audiência na faixa etária entre os 18 e 49 anos, muito cobiçada pela publicidade, é ainda pior, chegando aos 68,1%.

Sem estar certamente à espera destes números, o canal NBC renovou em 2018 o acordo exclusivo para transmitir a cerimónia dos Globos de Ouro nos próximos oito anos, pagando cerca de 60 milhões de dólares por ano à Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood.