Está em preparação um novo filme sobre a vida de James Dean que tenciona abordar os rumores antigos sobre a sua homossexualidade.

Coincidindo com os 69 anos da morte do icónico ator, a 30 de setembro de 1955, a revista The Hollywood Reporter confirmou que vai avançar a adaptação ao cinema do livro "Surviving James Dean" ["Sobreviver a James Dean", em tradução livre].

O livro de 2006 de William Bast descreve o encontro do autor em 1950, aos 19 anos, com Dean no programa de teatro da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) e como começaram por partilhar um apartamento antes de se tornaram amigos íntimos e, eventualmente, amantes.

O futuro argumentista, falecido em 2015, alega que a relação foi mantida em segredo para evitar prejudicar a carreira em ascensão de Dean, que mantinha relacionamentos com atrizes.

Por seu lado, Bast nunca perdeu a esperança de que ele e Dean voltariam a viver juntos até à morte prematura do ator ao volante de um Porsche 550 Spyder, aos 24 anos, quando apenas tinha estreado no cinema "A Leste do Paraíso" (1955). Os outros dois filmes, "Fúria de Viver" (1955) e "O Gigante" (1956), foram lançados postumamente.

À frente de "Surviving James Dean" está o realizador e argumentista Guy Guido, que dirigiu "Madonna and the Breakfast Club", um documentário de 2019 sobre os difíceis primeiros anos da carreira da artista.

Ainda sem financiamento para o projeto, Guido já tem o argumento pronto e está na fase dos encontros com potenciais produtores, além de procurar o elenco ideal para os papéis principais: Dean, Bast e a mãe solteira do segundo.

“Sou fã e historiador de James Dean desde os 18 anos, portanto conhecia o seu ‘amigo’ Willie, mesmo quando as informações sobre o seu relacionamento foram abafadas pela máquina de Hollywood. Enquanto cineasta, adoro contar a história da vida de uma celebridade na sua passagem à idade adulta. Enquanto homossexual, fiquei particularmente atraído pela história única de Bast”, disse Guido numa declaração à revista.