"Basicamente" um violador é a controversa opinião do realizador de "007: Sem Tempo Para Morrer" sobre o James Bond interpretado por Sean Connery num dos filmes.
"Foi no '007 - Operação Relâmpago' ou no '007 - Contra Goldfinger' onde, tipo, basicamente a personagem de Sean Connery viola uma mulher?", pergunta Cary Fukunaga num artigo especial publicado esta quinta-feira no The Hollywood Reporter (THR).
"Ela diz 'Não, não, não' e ele diz 'Sim, sim sim'. Isso hoje não seria tolerado", acrescenta.
O realizador está a referir-se a "007 - Operação Relâmpago", de 1965, o quarto filme com Sean Connery e o maior sucesso de bilheteira da saga nos anos 1960.
Numa cena, Bond encontra numa clínica de saúde uma enfermeira, Patricia Fearing (papel de Molly Peters) e tenta seduzi-la, mas é rejeitado e o espião beija-a à força.
Mais tarde, a mesma personagem suplica a Bond que não conte algo aos seus patrões que a pode levar a ser despedida e este responde "Bem, suponho que o meu silêncio pode ter um preço". A enfermeira recua e reage, "Não quer dizer... oh, não!", mas ouve um "oh, sim" antes de empurrá-la para uma sauna e tirar-lhe as roupas.
No mesmo especial do THR, a produtora de longa data dos filmes diz que os tempos mudaram.
"Acho que as pessoas estão a perceber — com alguma resistência — que aceitar essas coisas já não é tolerável. Graças a Deus. Bond é uma personagem que foi escrita em 1952 e o primeiro filme saiu em 1962. Tem uma longa história e a história do passado é muito diferente da forma como ele é representado agora", destaca Barbara Broccoli.
"007: Sem Tempo Para Morrer", o quinto filme e a despedida de Craig como Bond, chega aos cinemas portugueses a 30 de setembro.
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