Nos últimos anos, os fãs de James Bond andam entretidos com um debate sobre se o próximo 007 deve ser negro ou uma mulher.

Em resposta a parte da questão, Daniel Craig acha que James Bond não deve ser interpretado por uma mulher.

"Simplesmente devia haver melhores papéis para mulheres e atores de cor", disse o ainda atual James Bond numa entrevista ao Radio Times durante a promoção do seu quinto e último filme, "007: Sem Tempo Para Morrer", que chega aos cinemas portugueses a 30 de setembro.

"Porque é que uma mulher devia ser James Bond quando devia haver uma personagem tão boa como o James Bond, mas para uma mulher?", acrescentou.

O ator tem o mesmo ponto de vista da sua esposa, a atriz Rachel Weisz, que disse em 2018 que não pensava que devia existir uma James Bond feminina e a prioridade das mulheres devia ser avançar para as "suas próprias histórias".

"Ian Fleming [o escritor dos livros] passou uma quantidade pavorosa de tempo a escrever esta personagem específica, que é especificamente masculina e se relaciona de uma forma especifica com as mulheres", contava ao jornal The Telegraph.

"Porque não criar as suas próprias histórias em vez saltar para os ombros e ser comparada a todos os outros homens que antecederam? As mulheres são realmente fascinantes e interessantes e deviam ter as suas próprias histórias", acrescentou.

A opinião também é partilhada por uma das pessoas que tem o poder de tomar decisões na saga 007.

"Bond pode ser de qualquer cor, mas é um homem", disse Barbara Broccoli à publicação Variety no ano passado.

"Acho que devemos criar novas personagens para mulheres – fortes personagens femininas. Não estou especialmente interessada em pegar numa personagem masculina e ter uma mulher a interpretá-la. Acho que as mulheres são muito mais interessantes do que isso", resumia.

Em 2019, o antecessor de Daniel Craig mostrou ter uma opinião diferente.

"Sim! Acho que vimos os rapazes fazê-lo durante os últimos 40 anos. Rapazes, saiam do caminho e coloquem lá uma mulher. Acho que seria animador, seria emocionante", respondeu aos jornalistas durante uma homenagem no Festival de Deauville.

Profeticamente, o intérprete de Bond em quatro filmes entre 1995 e 2002 expressou dúvidas de que esta mudança fosse possível com os atuais produtores, os irmãos Barbara Broccoli e Michael G. Wilson.

"Acho que não vai acontecer com os Broccolis. Acho que isso não vai acontecer sob a sua alçada", previu.

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