«Falei com a sua nora esta manhã. Ela (Russell) morreu em paz em casa, com os filhos a seu lado», disse à AFP Kim Davis, directora executiva da organização de assistência à infância Court Appointed Special Advocates (CASA), que tinha o apoio da actriz.

Graças às suas formas esculturais e ao seu olhar sedutor, foi uma das actrizes mais provocadoras do cinema nos anos 40 e 50.

Jane Russell foi lançada por Howard Hughes em
«A Terra dos Homens Perdidos» («The Outlaw» no original), de 1943, depois de ser descoberta pelo lendário produtor quando trabalhava como recepcionista no consultório de um dentista.

Filha de uma actriz e de um militar, Ernestine Jane Geraldine Russell foi transformada em símbolo sexual após
«The Outlaw», tornando-se a primeira escolha em papéis femininos voluptuosos, que marcaram a geração de soldados americanos envolvidos na II Guerra Mundial.

Foi casada três vezes: com Bob Waterfield por 24 anos, com quem teve três filhos, com o actor Roger Barret, que morreu inesperadamente em 1969, três meses após o matrimónio; e finalmente com John Calvin People, em 1974, de quem ficou viúva em 1999.

No mundo liberal de Hollywood, Russell era uma rara defensora dos valores cristãos e descrevia-se como uma activista pró-vida, após sofrer um aborto mal executado aos 18 anos que a deixou com problemas para conceber.

Entre os sucessos de Jane Russel estão obras inesquecíveis como
«O Valentão das Dúzias» («The Paleface»), de 1948,
«Casar Não Custa» (1951),
«Redenção» (1951),
«Macau» (1952),
«A Fronteira do Pecado» (1952),
«Os Homens Preferem as Loiras» (1953),
«Os Homens Preferem as Morenas» (1955),
«A Moda vem de Paris» (1954),
«Duelo de Ambições» (1955) e
«Um Rei e Quatro Rainhas» (1956).

SAPO/AFP