A pandemia também renovou o apetite pelos filmes, videojogos e séries sobre o tema.
Foi o que aconteceu a "Contágio", um filme de 2011 que disparou para a primeira posição nos mais alugados logo em janeiro por causa da semelhança com o que começava a acontecer: contava a história de uma mulher de negócios, interpretada por Gwyneth Paltrow, que involuntariamente levava para os EUA um vírus contraído na Ásia, transmitido aos homens através dos animais.
Para reforçar as semelhanças, também no filme as pessoas esvaziavam as prateleiras dos supermercados por causa do pânico generalizado.
Um dos atores era Jude Law, que recordou as semelhanças durante uma entrevista com a CQ.
"Havia absolutamente a sensação de que isto iria acontecer", explicou durante a discussão dos papéis mais emblemáticos da carreira.
"Os grandes cientistas que estavam connosco na rodagem, que trabalharam com o Scott [Z. Burns], o argumentista, e [o realizador] Steven Soderbergh eram pessoas muito eruditas e experientes que sabiam o que esperar [destas situações]", recordou.
"E todos eles nos disseram que isto iria acontecer — e que era uma situação de 'quando' e não 'se'", continuou.
“A maneira como eles descreveram, que é exatamente como aconteceu, simplesmente fez sentido. O que é assustador é que você aprende durante uma rodagem porque está a ser aconselhado por especialistas, mas não é algo que necessariamente interioriza [que é inevitável]", explicou.
"Quando 2020 começou e ouvimos sobre o que estava a acontecer inicialmente na China, que rapidamente se tornou evidente em todo o mundo, soou o alarme. Infelizmente, não fiquei muito surpreendido", concluiu sobre o filme que se tornou mais importante importante este ano do que em 2011.
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