Ao fim de todos estes anos, parece que existe finalmente uma razão para falar de "Catwoman" e tudo porque uma colunista se lembrou de perguntar qual a razão para não ser culturalmente tão relevante como "Black Panther", a novo sucesso da Marvel.
O filme de 2004, talvez seja necessário recordar, foi um dos primeiros a mostrar super-heróis que não eram brancos. E, além disso, era uma super-heroína, interpretada por Halle Berry, ainda "fresca" do Óscar conquistado por "Monster's Ball - Depois do Ódio".
O resultado foi um desastre, artístico e comercial, reconhecido por quase todos, incluindo por Halle Berry.
No entanto, alguém lembrou-se de criticar agora a antiga Primeira-Dama Michelle Obama por elogiar "Black Panther" e dizer que já era tempo das crianças negras terem um super-herói igual a elas.
"Porque razão não ouvimos isto quando Halle Berry como 'Catwoman' foi lançado há vários anos?", perguntou Denise C. McAllister, colunista do "The Federalist", uma revista "online" conservadora norte-americana.
A resposta chegou no fim de semana de alguém insuspeito: um dos seis (!) argumentistas de "Catwoman".
"Como um dos argumentistas que recebeu crédito por 'Catwoman', acho que tenho a autoridade para responder: porque era uma porcaria de filme despejado pelo estúdio no fim de um ciclo de estilo e tinha zero de relevância cultural tanto à frente como atrás das câmaras", explicou John Rogers.
O argumentista, que trabalhou ainda na história do primeiro "Transformers" (2007) e criou a série de aventuras "The Librarians", não gostou mesmo nada que "Catwoman" fosse usado como argumento político: "Isto é uma má abordagem. Tenha vergonha".
Numa série de outras mensagens no Twitter que animaram os fãs, Rogers esclareceu ainda que nunca viu "Catwoman" do início ao fim e a personagem se chamou Patience Phillips e não Selina Kyle como nos "comics" por "uma razão maluca de direitos de autor".
Acrescentou também que foi despedido porque estava sempre a protestar contra as notas de alterações do estúdio que achava que iam tornar o filme "muito, muito mau" e apesar de elogiar o realizador francês Pitof pelo "talento para a ação", salientou que "ninguém que mandava sabia que filme é que queriam".
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