Desde "Os Profissionais da Crise" em 2015 que não víamos Sandra Bullock no cinema. "Ocean´s 8" é o regresso, liderando um elenco de mulheres inspirado pela popular trilogia de George Clooney e companhia.

O filme é um dos mais aguardados desta temporada, mas numa entrevista ao USA Today a atriz revela que quase desistiu de Hollywood depois de já ser conhecida pela forma sexista como era tratada.

Depois de dizer que chegou ao que é hoje porque o realizador Jan de Bont a escolheu para "Speed - Perigo a Alta Velocidade" (1994) "quando eu era a última pessoa que o estúdio queria", Sandra Bullock diz que  a "carreira tem sido um corropio de pessoas a dizer 'Quero que esta pessoa represente este papel".

"E não só na indústria, mas pessoas na minha vida. A minha mãe criou-me a dizer 'Não precisas de te casar, podes forjar o teu próprio destino. Sustenta-te e sê tu própria'. E literalmente fui para o mundo a pensar que não existia nenhuma disparidade, que eram todos iguais e posso fazer o mesmo que um homem", acrescentou.

Foi já quando era conhecida que surgiu o choque com a realidade e o machismo à sua volta, um momento que definiu como um abrir de olhos.

"Era tipo 'O que se está a passar? Porque é que me sinto tão mal?', Meu Deus, estou a ser tratada assim porque tenho uma vagina.", explicou.

Sandra Bullock não deu exemplos concretos dos comportamentos sexistas que encontrou, mas garantiu que tiveram um impacto duradoiro e quase a levaram a desistir de Hollywood.

"Foi complicado para mim porque avancei com vendas na vida e cheguei a um ponto em que sentia que valia menos porque era uma mulher. E isso foi um comprimido difícil de engolir. Sentia muita tristeza por causa disso. Do género 'talvez precise sair daqui. Talvez precise fazer outra coisa para me sustentar.' E isso foi quando já recebia ofertas de trabalho - não queria fazer parte desse mundo em que existia essa experiência.", rematou sobre o assunto.

"Ocean's 8" estreia a 21 de junho.

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