Michael Caine: 85 anos (festejados a 14 de março), dois Óscares, 132 filmes (incluindo aqueles onde aparece alguns segundos) e... quase a reformar-se?

A lenda britânica admitiu que o afastamento está próximo, mesmo que isso vá contra a sua vontade.

"Sempre disse que não nos reformamos dos filmes, os filmes é que nos reformam", explicou numa entrevista à Time Out de Londres (ainda não disponível online).

"Eles ainda não me reformaram. Sinto que está próximo. Faço 85 esta semana e levantar-me às seis e meia da manhã e decorar seis páginas de diálogos... bem, não é a minha ideia de paraíso", admitiu.

Caine também confirmou algo que já se sabia: nunca recusou ofertas de trabalho e no meio de "Alfie", "O Meu Funeral em Berlim", "Um Golpe em Itália", "Autópsia de um Crime", "O Homem Que Queria Ser Rei", "Vestida Para Matar", "Ana e as Suas Irmãs", "Regras da Casa" e, mais recentemente, a trilogia "O Cavaleiro das Trevas", também fez muita coisa que não prestava.

Um filme, feito nos anos 70, em plena moda do cinema-catástrofe, à volta de um enorme enxame de abelhas africanas mortais que se espalhava por cidades americanas, matando milhares de pessoas, destaca-se no grupo.

"Nunca recusei o que quer que fosse. Houve alguns filmes que me arrependi. Um dos piores foi 'The Swarn' ["O Enxame" em Portugal, de 1978]. Tinha todas estas grandes estrelas de Hollywood - Olivia de Havilland e Henry Fonda -, mas [esses filmes] ensinaram-me como representar no cinema", explicou.